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Commodities: Clima seco nos EUA eleva preço da soja em Chicago

As previsões de tempo seco nas regiões produtoras americanas deu impulso às cotações da soja na bolsa de Chicago nesta quinta-feira. 

Os contratos futuros para novembro avançaram 1,92%, ou 17,75 centavos de dólar, para US$ 9,42 o bushel.

Segundo Stephen Davis, da consultoria RJO Futures, as cotações da oleaginosa subiram na esperança de que a demanda da China continue forte e diante das previsões de tempo seco que ameaçam o andamento da safra americana.

“Se começar a chover mais do que o previsto nas próximas 24 e 48 horas, os preços podem cair” , acrescentou Davis à agência Dow Jones Newswires. 

No entanto, o tempo seco nos EUA deve persistir nos próximos dias, o que pode piorar o potencial de rendimento da oleaginosa americana. “Mesmo onde as chuvas ocorram, é improvável que elas façam muita diferença”, acrescentou o analista Karl Setzer, da Agrivisor, em relatório. 

No caso do milho, os contratos futuros para dezembro subiram 1,2%, ou 4,25 centavos de dólar, e fecharam o pregão desta quinta-feira a US$ 3,585 o bushel. 

A boa demanda chinesa pelo cereal deu impulso para as cotações, disse Setzer Nesta quinta-feira, exportadores americanos relataram a venda de 747 mil toneladas de milho a China, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Outras 140 mil toneladas foram negociadas com destinos não revelados. 

Em outra ponta, a alta dos preços pode resultar em uma realização de lucros dos investidores nas próximas sessões. 

“Alguns traders estão alertando que os preços estão subindo tanto que a realização de lucros deve ser esperada nos próximos dias”, apontou a agência Dow Jones Newswires. 

Ainda na bolsa de Chicago, os contratos futuros de trigo com entrega para dezembro registraram elevação de 2,04%, ou 11 centavos de dólar, para US$ 5,5075 o bushel. 

Segundo relatório de exportações do USDA, divulgado nesta quinta-feira, o saldo de vendas líquidas de trigo para exportação ficaram em 764,1 mil toneladas na semana encerrada no dia 20 de agosto, avanço de 46% na comparação com a semana anterior. Em relação à media de quatro semanas, houve alta de 41%. Todas as vendas de trigo são de 2020/21, porque a safra do cereal é diferente da de soja e milho e começou em 1º de julho.

O analista Jonathan Pinheiro, da consultoria Safras & Mercado, disse que os preços do trigo vêm respondendo aos sinais de melhora na demanda no cenário internacional, além da preocupação com quebras de safras em importantes países exportadores. Na quarta-feira, as cotações também cereal receberam suporte de notícias de estiagem na Argentina. 

No entanto, o movimento de alta pode ser limitado. “O cenário continua baixista, com a oferta global ainda crescente nessa temporada”, ponderou o analista da Safras & Mercado.

Fonte: Valor Econômico.

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