Comissário europeu anuncia o fechamento de um acordo com EUA para importar mais carne

O Comissário Europeu responsável pela Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, anunciou que as negociações com os EUA para aumentar a cota de importação de carne bovina dos EUA estão perto de fechar enquanto o Mercosul está cada vez mais longe de chegar a um acordo: “os países do Mercosul recuaram em relação a certos produtos em que tínhamos acordos em 2017 “, disse Hogan.

A respeito do pedido dos Estados Unidos para uma maior parte de uma cota de importação da União Europeia (UE) de 45.000 toneladas de carne sem hormônios, ele disse esperar que isso seja resolvido em “quatro a seis semanas”.

A cota foi criada em resposta a uma longa disputa sobre a recusa da UE em permitir que a carne bovina dos Estados Unidos fosse produzida com hormônios. No entanto, sob as regras da Organização Mundial do Comércio, a cota de carne sem hormônios também teve que ser aberta a fornecedores não-americanos.

A cota de carne bovina é separada das discussões comerciais mais amplas entre Washington e Bruxelas, e Hogan reiterou a posição da UE de que a agricultura não faria parte de negociações mais amplas.

A UE citou um salto em suas importações de soja nos EUA desde o verão passado, como sinal de boa vontade. Mas Hogan minimizou sua importância política, dizendo que os baixos preços da soja dos EUA  encorajaram as aquisições maciças da UE, que depende da soja importada como proteína para ração animal.

Sobre isso, a chanceler alemã Angela Merkel disse em dezembro que o novo governo brasileiro do presidente Jair Bolsonaro tornaria mais difícil chegar a um acordo nas longas negociações com o Mercosul, que inclui também Argentina, Paraguai e Uruguai. O grupo sul-americano tem pressionado por um maior acesso à UE para suas exportações agrícolas, particularmente a carne bovina. O Brasil já culpou a UE por ser protecionista na agricultura.

Fonte: Eurocarne, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.