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Com déficit de US$3 bi na balança comercial brasileira, CNA critica negociações internacionais do país

O fraco desempenho da balança comercial brasileira no primeiro semestre de 2013 – déficit de US$ 3 bilhões, o pior resultado semestral dos últimos 18 anos – reforça a necessidade de o Brasil retomar sua autonomia para negociar acordos bilaterais com importantes mercados consumidores.

O fraco desempenho da balança comercial brasileira no primeiro semestre de 2013 – déficit de US$ 3 bilhões, o pior resultado semestral dos últimos 18 anos – reforça a necessidade de o Brasil retomar sua autonomia para negociar acordos bilaterais com importantes mercados consumidores.

De acordo com a senadora Kátia Abreu, o Brasil está emperrado em termos comerciais desde 2000, quando uma decisão do Mercosul impediu que os países do bloco fechassem acordos bilaterais de forma isolada.

Para ela, num cenário como o atual é essencial que o governo brasileiro incentive a assinatura de acordos comerciais com grandes importadores de alimentos e manufaturados. O principal deles, neste momento, é a União Europeia, destino de 23% das exportações do agronegócio brasileiro, totalizando, em 2012, cerca de US$ 22 bilhões. Os principais produtos da pauta de exportação foram os do complexo soja (36%), café (23%) e carnes (13%).

A negociação entre o Mercosul e os europeus começou há quase 15 anos. As discussões, porém, não têm prosperado, dentre outros motivos, em função de divergências internas do bloco sul-americano, especialmente a Argentina.

A presidente da CNA afirmou que essas restrições levam o país ao isolamento no comércio mundial, posição danosa especialmente para o agronegócio brasileiro. Todos os mercados são importantes, mas os acordos menores não resultam em ampliação significativa das vendas. Katia Abreu cita como exemplo o acordo firmado pelo Mercosul com a Palestina e com Israel, que implicou o acesso do Brasil a apenas 0,4% do mercado mundial.

Em contrapartida, um acordo com a União Europeia facilitaria o acesso do Brasil a um importante mercado consumidor, que, historicamente, é o principal destino das exportações brasileiras do setor agropecuário. Concluído o processo negociador com os europeus, os produtos brasileiros teriam preferências comerciais significativas. Mas os ganhos não seriam só tarifários, ou seja, iriam interferir na economia dos países, principalmente no que diz respeito aos índices de renda, emprego e consumo.

Fonte: CNA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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