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Com “ambição” de zerar emissões em 2050, Marfrig definirá meta até 2022

Um dia após a rival JBS anunciar a compromisso de zerar as emissões líquidas de carbono até 2040, a Marfrig, segunda maior indústria de carne bovina do mundo, informou que tem a “ambição” de zerar as emissões até 2050. Ainda não se trata de uma meta formal, mas uma intenção. 

O plano da Marfrig para zerar emissões deverá ser anunciado formalmente entre o fim deste ano e o começo de 2022. “A nossa ambição, a gente não tem meta estabelecida ainda, é zerar emissões em 2050, mas acreditamos que essa ambição poderá ser antecipada, para entre 2035 e 2040”, disse Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade da empresa, durante evento sobre o programa “Marfrig Verde+”, realizado ontem. 

A companhia prevê reduzir suas emissões diretas de CO2 e de energia elétrica de 2019 a 2035 em 43%, para 361 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente (tco2e), diz Pianez. Para as emissões indiretas – dos fornecedores indiretos, maior gargalo do setor -, a meta é de redução de 35% no mesmo período, para 3,8 tco2e por cabeça. 

Em 2020, a Marfrig identificou 62% de seus fornecedores diretos e indiretos na Amazônia. A meta é que a identificação seja total até 2025. No Cerrado, 47% dos fornecedores diretos e indiretos foram identificados. Para o bioma, o objetivo é chegar a 100% em 2030. 

Segundo Pianez, dos R$ 500 milhões de recursos próprios previstos para o Marfrig Verde+, R$ 80 milhões foram aplicados na fase de estruturação e apoio para as iniciativas desde que o programa foi criado, em 2020. 

A empresa informou ainda que deve lançar uma carne de “baixo carbono”, com metodologia ainda em desenvolvimento. “Acreditamos que temos mais uns dois a três meses de trabalho pela frente, com lançamento no segundo semestre”, afirmou o diretor. “Esse produto tem potencial enorme de ganho de escala por estar mais próximo da realidade da produção”. No ano passado, em parceria com a Embrapa, a Marfrig lançou a carne carbono neutro, que recebeu R$ 10 milhões em investimentos.

Fonte: Valor Econômico.

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