Principais indicadores do mercado do boi – 25-06-2012
25 de junho de 2012
Atacado – 25/06/2012
25 de junho de 2012

CO2 Beef Trade

Semelhante ao que ocorre na Agricultura em que as operações de troca estruturadas ou “Barter”, troca de produtos, sacas de soja, milho, café..., por insumos, defensivos, fertilizantes, sementes..., desempenha um papel fundamental no financiamento de safra, a tal ponto de chegar a ser quase incontabilizável o salto em produção e produtividade, promovido em sua adoção desde sua criação. O mesmo mecanismo de Troca, pode ser empregado na pecuária.

Por Anderson Polles*

Em tempos de monopólio que desnuda a fragilidade de organização da cadeia produtiva, não quero ser louco poeta propondo algo que na visão de alguns está a anos luz de acontecer, muito menos quero ser profeta ao pregar a sustentabilidade entre os povos.

Em meu curto período na Pós – Graduação na FZEA/USP, elegi como tema de dissertação: “Crédito de Carbono Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Para uma Pecuária Eficiente e Sustentável”, que poderia integrar os Painéis da Embrapa na Rio + 20.

Por problemas sérios de saúde fui forçado a abandonar o mestrado, mas trabalhando 12 horas por dia, em um mês consegui filtrar muita coisas e estabelecer algumas relações que apresento agora.

Semelhante ao que ocorre na Agricultura em que as operações de troca estruturadas ou “Barter”, troca de produtos, sacas de soja, milho, café…, por insumos, defensivos, fertilizantes, sementes…, desempenha um papel fundamental no financiamento de safra, a tal ponto de chegar a ser quase incontabilizável o salto em produção e produtividade, promovido em sua adoção desde sua criação. O mesmo mecanismo de Troca, pode ser empregado na pecuária.

As toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2eq) seqüestradas pelas pastagens são firmadas em contratos de Cédula do Produto Rural Verdes “CPR Verdes” ou via Certificados de Redução de Emissões “RCEs”, trocados por insumos de um “pacote tecnológico limpo” (sal mineral ou rações com aditivos, fertilizantes orgânicos/outros e sementes/inoculantes) em revendas, que repassam a CPR ou RCEs aos Fabricantes de Insumos.

Por sua vez a tonelagem de CO2eq firmada em contrato de “CPR Verde” ou “RCEs” é fixada na Bolsa do Clima de Chicago pelos detentores de sua posse, seja Fabricante de Insumos ou até mesmo Frigoríficos.

A exemplo a Dow Agrosciences já faz isso com as @ de boi, no programa Beef Trade, o JBS também faz com seu programa GP$ onde se troca @ de boi por insumos.

Sei que vocês vão me chamar de louco, mais se isso não fosse possível, Marfrig contrataria empresas americanas para fazer o inventário de Emissões?

A idéia é simples, o mecanismo é complexo e, só quem vive ou viveu, viu de perto ou conversou com uns mil produtores que fazem o “Barter” toda safra, sabe que funciona e como funciona, com uma eficiência de satisfação que pode chegar a 60 a 80 % dos casos/região.

O Rally da Safra 2011, mostra em seus dados que a cada ano a margem de lucro com a modalidade de negócio vem aumentando em favor do produtor e não concentrando-se na mão das Multinacionais.

Se funciona na Agricultura por que não funcionaria na Pecuária? Mesmo com Monopólio, sem adoção maciça do Sistema de Classificação e Tipificação de Carcaça e Abate Clandestino!

É senhores realmente é sonho. Mas os grandes inventores também foram taxados de sonhadores.

Quero me isentar de falar das tecnologias que já estão disponíveis hoje para mensurar as emissão de metano pelos animais.

Equações de predição existem pelo menos umas 15, aceitável pelo IPCC apenas duas, usável em Pesquisa de Mercado apenas uma. Aliás “alguém precisa de um Pesquisador de Mercado”, meu questionário ta pronto desde o dia 07 de maio de 2011 quando abandonei o mestrado.

O que falta é um investidor anjo, alguém que pague a gasolina do carro, para fazer uma amostragem com 60 produtores para validação do questionário e, mais uma amostragem de 240 produtores via internet, com a finalidade de atestar estatisticamente a projeção de potencial de mercado.

Não vou falar também de certificação, pois é assunto de pano de manga pra mais de metro e já cumpri com meu juramento profissional referendendo normativas a muito tempo atrás.

Agradeço a todos pela atenção, em especial ao Prof. (o) Dr. Holmer Savastano Junior da FZEA, que me aceitou como orientado e me apoiou quando desisti do mestrado.

Concluindo: “Nessa vida é mais fácil tanger bois que tanger o universo, mas de rês em rês calculamos a distância entre as estrelas”.

Obrigado!

Abraço!

Anderson Polles

*Graduado em Zootecnia (FZEA, 2003), Aperfeiçoamento em Agricultura Orgânica (UNIUBE, 208). Atuou no Agronegócio com Suporte de Inteligência Mercado e Inovação Biotecnológicas. Já foi Trainne/Inspetor do IBD, Técnico Agrícola/ESALQ e Pesquisador de Mercado. Hoje é Produtor em Lavínia/SP.

1 Comment

  1. celso de almeida gaudencio disse:

    Prezado Sr. Anderson Polles. Noticia-se que a intensificação produtiva bovina beneficia ao meio ambiente, pela diminuição da área de pastagem, necessária para abrigar o rebanho, por certo essa assertiva esta levando em conta a contribuição fotossintética da pastagem (total de 7,8 t MS/ há/ ano), produção devido a renovação continua dos tecidos verdes no sistema extensivo com maior área produtiva.

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