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CNA realça ações ambientais no meio rural

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) quer que a comunidade internacional reconheça, como ações antecipadas de mitigação, os esforços já realizados pelos produtores rurais brasileiros para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Em documento com seu posicionamento para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), a entidade reitera o compromisso do setor com a adoção de tecnologias de baixo carbono e de boas práticas agrícolas, mas pede que os países emissores financiem ações sustentáveis ao redor do mundo.

O documento, que será entregue nesta terça-feira ao governo brasileiro, lista outros temas prioritários para o campo nas negociações do novo acordo climático, e exalta, em linha com a postura do Ministério da Agricultura, o protagonismo do país nessa área.

“O Brasil espera que o esforço e o investimento dos brasileiros, especialmente os dos produtores rurais, que destinam percentuais significativos de suas propriedades privadas à preservação ambiental, sejam reconhecidos pelo mundo como um ativo ambiental importante e incorporado à qualidade e características de todos os produtos agrícolas no território brasileiro”, diz o documento, ao qual o Valor teve acesso.

O principal apontamento da CNA é para a necessidade da definição de regras “claras e objetivas” para o mercado de carbono “aberto a todos os países do mundo, sem restrições ou favorecimentos de regiões específicas”.

A entidade destaca que “o Brasil possui um potencial de produção de créditos de carbono único no mundo”, capaz de promover parte das soluções para a redução das emissões de GEE, e defende a promoção de metodologias “monitoráveis, reportáveis e verificáveis”.

A CNA também defende a adoção de um plano de ação para tratar da inserção da agropecuária nos termos do Acordo de Paris, o que pode permitir avanços em questões pendentes da agenda que envolve a agricultura e as mudanças climáticas.

No documento, a entidade enfatiza ainda a cobrança pelo “financiamento climático” feita por países que são considerados os maiores emissores de gases do planeta, com a integração do Fundo Verde Clima, Fundo de Adaptação e outros mecanismos oficiais da Convenção do Clima para incentivar as ações que integram a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDCs).

A CNA afirma que, além de custear ações de adaptação e mitigação, os incentivos devem promover as regularizações fundiária e ambiental, a pesquisa de novas tecnologias na área e o monitoramento das ações.

No posicionamento, os produtores brasileiros pedem que a produção agropecuária e a preservação florestal sejam pautadas pela ciência e pela legalidade. A CNA reforçou a atuação do país, com a inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a rigidez do Código Florestal.

“O setor agropecuário brasileiro tem como pilar principal a ciência, que permitiu aumentarmos a produção de alimentos com incremento de produtividade. A tecnologia utilizada no campo hoje demonstra que a proteção ambiental e o desenvolvimento econômico são complementares e, no caso do Brasil, uma nação agrícola, esses conceitos são necessariamente unificados”.

Fonte: Valor Econômico.

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