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CNA: “Afirmação e ruptura” será o lema de Kátia Abreu

A senadora Kátia Abreu tomou posse na noite desta terça-feira, 16/12, como nova presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) propondo a afirmação dos produtores rurais na sociedade brasileira através de rupturas no modo do produtor se relacionar com o mercado, o consumidor, o governo e a economia global.

A senadora Kátia Abreu tomou posse na noite desta terça-feira, 16/12, como nova presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) propondo a afirmação dos produtores rurais na sociedade brasileira através de rupturas no modo do produtor se relacionar com o mercado, o consumidor, o governo e a economia global. (Leia o discurso de posse)

Aos 46 anos, senadora pelos Democratas do Tocantins, Kátia Abreu é a primeira mulher a presidir a CNA. A nova diretoria, composta por cinco membros, assume com um plano estratégico de promover oito projetos inovadores para o campo, como a capacitação do produtor em Responsabilidade Ambiental (Projeto Terra Adorada), a capacitação em Legislação Trabalhista (Projeto Mãos que Trabalham) e os programas de Inclusão Digital Rural, que tem o objetivo de levar a informatização para todos e Campo Futuro, cujo objetivo é que o produtor rural passe a operar regularmente no mercado futuro e se transforme em formador de opinião a respeito da utilização desse mecanismo em sua região. O objetivo desses projetos é promover um choque de globalização nos produtores brasileiros. Essa é uma das faces visíveis da ruptura proposta pela nova direção da CNA.

Uma das propostas da nova diretoria é montar “brigadas” de consultores que percorrerão as propriedades rurais a fim de orientar os produtores, preventivamente, sobre as legislações ambientais e trabalhistas. “A conta da preservação de áreas de cobertura florestal está endereçada a destinatário errado. Que outra atividade econômica, na indústria e nos serviços é compelida, sem a contrapartida de benefícios fiscais, a privar-se do uso econômico de 20% até 80% do seu patrimônio fundiário, que podia ser usado na atividade produtiva? A preservação de áreas de proteção ambiental – uma questão de sobrevivência do planeta – é essencial, insubstituível e irrevogável”.

A nova presidente avisa que não vai proteger os infratores. “Ora, depredadores e especuladores, mesmo que sejam proprietários, não podem usar a condição de empresários rurais”. A senadora Kátia Abreu também acusou o Estado brasileiro, por sua burocracia e instituições, de “renegar” o produtor rural. “Sempre com profundo mau humor, não nos reconhece”, disse ela. “Parece incomodado e considera exótico o fato do agronegócio representar 24% do Produto Interno Bruto, empregar 37% da força de trabalho, gerar 36% das exportações. Qual a proporção da retribuição do Estado ao setor agropecuário? Nem um décimo do valor de tão espantosa participação na economia”.

As informações são da Agência CNA, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.

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