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Classe C segue otimista e consumindo mais

A capacidade da nova classe média, a classe C, de assumir novas dívidas não se esgotou, apesar do grande avanço do consumo registrado nos últimos anos. Pesquisa realizada pelo Ibope Mídia observa que a intenção da classe C de dar passos importantes no curto prazo, como comprar uma casa ou um carro, é sustentada pelo otimismo que esse estrato social mantém em relação ao futuro. De acordo com a pesquisa feita em 2009, metade dos entrevistados acreditava que a sua situação econômica estaria melhor neste ano.

A capacidade da nova classe média, a classe C, de assumir novas dívidas não se esgotou, apesar do grande avanço do consumo registrado nos últimos anos. Pesquisa do Ibope Mídia revela que 9,5 milhões pessoas que fazem parte desse estrato social pretendem comprar um automóvel novo ou usado nos próximos 12 meses. A classe C reúne um contingente com renda mensal familiar entre R$ 600 e R$ 2.099.

Além de carro, os planos de consumo da nova classe média incluem a compra da casa própria. Segundo a enquete, que ouviu 20 mil pessoas dessa camada social entre fevereiro de 2009 e janeiro deste ano nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e o interior de São Paulo, do Sul e do Sudeste do País, 19% dos entrevistados querem comprar imóvel nos próximos seis meses. “O crédito imobiliário tende a crescer de forma absurda. Vai triplicar nos próximos três ou quatro anos”, afirma Dora Câmara, diretora comercial do Ibope Mídia e responsável pela pesquisa.

Ela destaca que a classe C corresponde hoje à metade da população brasileira ou 100 milhões de pessoas.

Dora observa que a intenção da classe C de dar passos importantes no curto prazo, como comprar uma casa ou um carro, é sustentada pelo otimismo que esse estrato social mantém em relação ao futuro. De acordo com a pesquisa feita em 2009, metade dos entrevistados acreditava que a sua situação econômica estaria melhor neste ano. Na pesquisa de 2005 que projetava a situação para 2006, esse índice era de 40%.

A pesquisa mostra dois resultados curiosos que revelam um comportamento de consumo diferente do que se pressupõe para essa nova classe média. O primeiro é que a maioria dessa população (61%) não gosta de ter dívidas. Eles compram a prazo por uma questão de necessidade.

Outro dado relevante é que 65% planejam a compra para bens de grande valor. Dora observa, no entanto, que essa não é atitude do consumidor de classe C no caso de produtos de menor valor. “29% dos entrevistados se declararam consumidores impulsivos quando vão ao supermercado”, diz ela.

Com relação a aspectos qualitativos e gerais do perfil dessa nova classe média, Dora destaca que se trata de uma população mais jovem em relação às classes mais abastadas e composta em sua maioria por afrodescendentes, exceto nos Estados do Sul. A presença da mulher como responsável pela família e com mais poder de decisão sobre o consumo é marcante: 32% das mulheres são chefes de família na classe C, ante 25 % na A/B.

Apenas 23% da população da nova classe média urbana fala um segundo idioma, aponta pesquisa do Ibope Mídia. Esse resultado indica um grande potencial para esse segmento educacional.

A matéria é de Márcia De Chiara, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. Evándro d. Sàmtos. disse:

    A divida publica do Brasil trás riscos para a manutenção dos empregos.

    Os juros que o banco central nos impõe,diminuem as compras,o consumo interno,freia o risco de inflação,mas o preço é muito alto.O Brasil é quem mais remunera a especulação no mundo,porque também é o país que tem os maiores juros do mundo,com isso o dólar não para de cair,mas também o dólar pós crise já não é mais o mesmo.

    As exportações ficam dificultadas e mesmo a comercialização no mercado interno se prejudica,por conta de um dólar tão baixo,e pior ainda,com valor muito próximo da moeda chinesa.

    Na China a mão de obra é muito barata os impostos são menores do que aqui,ou seja deveremos ter mais ofertas de CHING LING,e o emprego por aqui,sei não!

    Os nossos problemas não serão resolvidos em curto prazo,ainda mais se PT ganhar as eleições,ai sim,estaremos ferrados e mal pagos.Sobre nós que militamos num seguimento fomentado e aparelhado,com tudo pronto para um grande golpe,o golpe dos impérios.

    Não acredito em nada de curto prazo ,sobre tudo antes do segundo turno das eleições.

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

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