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Circular do Mapa causa dúvidas sobre embarques à UE

Uma circular interna do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sugere às superintendências regionais que tenham "precaução no abate dos animais". O documento foi enviado também às indústrias exportadoras. O documento sugere que a carne embarcada corre o risco de ser barrada porque as autoridades sanitárias do bloco ainda não entendem como liberadas as 95 fazendas autorizadas pelo ministério a fornecer os animais.

Uma circular interna do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sugere às superintendências regionais que tenham “precaução no abate dos animais”. O documento foi enviado também às indústrias exportadoras.

O documento sugere que a carne embarcada corre o risco de ser barrada porque as autoridades sanitárias do bloco ainda não entendem como liberadas as 95 fazendas autorizadas pelo ministério a fornecer os animais.

Segundo fontes do setor, a circular teria sido originada após o Bertin abater o primeiro lote, de 1,2 mil animais, e ter o embarque vetado sob a alegação de que a propriedade de onde os bovinos saíram não teria sido revisitada.

De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Inácio Kroetz, em função do treinamento dos técnicos pelos europeus, as fazendas e as documentações precisam ser revisitadas.

Por precaução, o JBS, que tinha decidido retomar os abates, resolveu esperar por uma liberação oficial das fazendas pela União Européia. “Existem duas situações: a lista das 95 fazendas e a lista daquelas que foram visitadas e homologadas”, disse o diretor-presidente do frigorífico Mercosul, Mauro Pilz. No estado, somente uma propriedade foi vistoriada pelos técnicos europeus. Por isso, a indústria comprou 150 bovinos apenas deste estabelecimento e, em função disso, não teme que o embarque, nesta semana, seja barrado.

A assessoria de imprensa do Independência informou que a carne dos animais abatidos está a caminho da Europa e que a circular é informativa, pedindo “apenas cautela na compra, pois ainda faltam tecnicalidades das autoridades européias, que estão no Brasil”.

O entendimento dos consultores ouvidos sobre a circular é que existe algum problema não explicado pelo governo brasileiro. No documento, o ministério diz que “entendimentos estão sendo mantidos com a UE”. “Para mim foi uma surpresa. Tem algum equívoco de alguém”, disse o sócio-diretor da AgriPoint, Miguel da Rocha Cavalcanti, achando estranha a informação do secretário de Defesa Agropecuária sobre a necessidade de revisitar as fazendas.

As informações são de Neila Baldi, da Gazeta Mercantil.

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