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Cinco razões para não ficar triste com a pecuária

A turma está bem pessimista com a pecuária ultimamente.

Os criadores se assustaram com a queda dos preços do bezerro. Os invernistas estão assustados com a alta do milho e a queda nos preços da arroba no mercado futuro e físico.

Os frigoríficos estão deprimidos com a queda do dólar e o suposto escoamento lento das carnes.

Bom, para isso digo. “Não deveriam ficar tristes.”

A razão é simples, na verdade.

Já passamos por isso antes.

Veja, caro leitor, do jeito que enxergo a pecuária existe um valor que define o setor. Um centro. Esse centro é a arroba do boi gordo.

cartapecuaria

Quando a arroba está valorizada, medida pela variação anual nos preços da arroba (gráfico de cima) há uma melhora nas margens do setor (gráfico do meio).

Mas quando a arroba cai para uma variação próxima de zero (linha pontilhada no gráfico de cima), ou seja, ela passou um ano inteiro sem subir, isso é ruim. Como costumo dizer, na pecuária se parou de subir é igual a cair.

Repare que as margens de resultados de uma engorda de doze meses de um boi magro (gráfico do meio) são diretamente influenciadas pela variação anual da arroba.

Em quatro ocasiões (marcadas em azul) na história tivemos esse tipo de combinação entre uma variação anual de preços baixa e/ou uma margem da engorda também baixa (defino margem baixa toda margem abaixo de 10%).

Estamos passando pela quinta ocasião agora.

Apesar da coisa hoje estar assim, isso de forma alguma significa que ficará indefinida.

Na realidade nunca ficou.

No passado, nas quatro outras ocasiões logo em seguida os preços da arroba se corrigiram… para cima.

Pois, sim, na pecuária as correções de rumo se dão para cima, com altas nas cotações, repassando preços para o atacado e consumidor e assim corrigindo as margens do setor.

É como uma panela de pressão. Quando as margens da engorda estão baixas a pressão aumenta. A pressão só é aliviada pela alta nas cotações.

1996 foi corrigido em 1997.

2006 foi corrigido em 2007.

2010 foi corrigido em 2011.

2013 foi corrigido em 2014.

Isso ocorre e ocorreu independentemente do mercado consumidor, antes que alguém diga que dessa vez é diferente por causa do consumo.

Se 2016 está morno? Ruim? Você está assustado? Anime-se!

Sempre haverá um 2017.

Fonte: Carta Pecuária.

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