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Chuvas afetam produtores rurais em 50% dos municípios de MG

O clima instável, que tem causado estiagem severa no Sul do país e excesso de chuvas no Centro-Sul e Centro-Oeste, afetou produtores rurais em quase 50% dos municípios mineiros, informou hoje (12/1) a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). As chuvas, que começaram em dezembro, causaram prejuízos a cerca de 127 mil agricultores ou pecuaristas no Estado.

Os 416 municípios que relataram danos produzem feijão primeira safra – a cultura mais prejudicada -, hortaliças, milho verão, rebanhos leiteiros, pecuária de corte, suinocultura e piscicultura. De acordo com a estatal, as áreas afetadas na agricultura variam entre 23%, para o milho, e 42%, no caso do feijão. Ainda é cedo para estimar as perdas na produção agrícola, já que os relatos ainda são parciais, segundo o engenheiro agrônomo Thiago Almeida, técnico da Emater-MG.

Para a pecuária leiteira, no entanto, há uma estimativa de comprometimento de 21,4% da produção de leite, principalmente nas regiões Nordeste, Leste e Central do Estado. Uma pesquisa feita pelos técnicos da empresa com 96 laticínios indicou que, em média, a queda na captação de leite foi de 9%, causada principalmente pela dificuldade de deslocamento em algumas localidades.

Os dados referem-se, por ora, a apenas uma parte da área onde há rebanhos no Estado, que é o maior produtor do país. De janeiro a novembro de 2021, a captação somou 9,33 bilhões de litros, segundo a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Faemg).

As chuvas também afetaram a piscicultura, avicultura caipira, pecuária de corte e suinocultura caipira. Os técnicos da empresa estão elaborando laudos e projetos técnicos para os produtores que precisam obter recursos junto aos agentes financeiros.

Ontem (12/1), a Climatempo já havia informado que as fortes chuvas causaram sérios prejuízos a diversas culturas no Estado nos primeiros dias de janeiro. De acordo com dados do Cemaden, as precipitações passaram dos 300 milímetros em municípios como Ibirité, Brumadinho e Betim.

Fonte: Valor Econômico.

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