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Churrascarias brasileiras fazem sucesso nos EUA

Churrascarias brasileiras, muitas delas trazendo o tradicional corte de picanha, estão se tornando favoritas entre os consumidores dos Estados Unidos, mesmo o Brasil tendo ultrapassado o país norte-americano nas exportações e se tornado o maior exportador mundial de carne bovina. Em cidades centrais de carne bovina dos EUA, como Chicago e Menphis, cadeias brasileiras de churrascarias, incluindo a gaúcha Fogo de Chão, estão expandindo sua participação no mercado com base no tradicional churrasco gaúcho, definido pelos norte-americanos como estilo brasileiro de churrasco que usa sal marinho e, ocasionalmente, alho para temperar a carne ao invés dos molhos densos e adocicados usados nos EUA.

“O churrasco brasileiro é uma das categorias mais quentes no cenário de churrascos”, disse o apresentador do programa de televisão “Barbecue University” e autor de vários livros de receitas de churrasco, Steve Raichlen. “Eu acho que existe um conceito que poderá se tornar o Outback do novo milênio”, disse ele, se referindo à rede Outback Steakhouse, restaurante associado com a Austrália, outro grande exportador de carne bovina.

De acordo com o Serviço Agrícola Externo (Foreign Agriculture Service – FAS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil agora tem o maior rebanho comercial de bovinos do mundo. Como ainda não é permitida a entrada de carne bovina fresca brasileira nos EUA, toda a carne servida no Fogo de Chão e outros restaurantes brasileiros nos EUA é norte-americana.

No entanto, o FAS espera que o Brasil exporte 1,9 milhão de toneladas de carne bovina neste ano, ou seja, muito mais do que o pequeno volume de 250 mil toneladas exportadas em 1990. Ao contrário, as exportações de carne bovina dos EUA caíram para 209 mil toneladas em 2004, comparado com as 1,1 milhão de toneladas exportadas em 2003, devido quase que inteiramente às barreiras impostas à carne norte-americana devido à descoberta de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ou doença da “vaca louca”, no Estado de Washington em dezembro de 2003. Apesar deste caso ter sido comprovadamente em um animal nascido no Canadá, no mês passado o USDA admitiu o primeiro caso de um animal nascido nos EUA com EEB, em uma fazenda de Texas. Muitos mercados externos continuam fechados para a carne bovina dos EUA.

O Fogo de Chão, que abriu sua primeira unidade nos EUA em 1997, agora opera cinco restaurantes nos EUA, mais do que no Brasil, onde tem quatro, três em São Paulo e um em Porto Alegre. A divisão dos EUA teve US$ 60 milhões em vendas no ano passado. “Nós somos um veículo para a disseminação da cultura brasileira”, disse o co-proprietário da rede, Jair Coser.

Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint

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