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Chinês e francesa dominam a corrida pelo comando da FAO

Enquanto o governo de Jair Bolsonaro permanece oficialmente indefinido sobre quem apoiar na eleição que definirá o próximo diretor-geral da FAO, a agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, o sentimento majoritário, em Roma, aponta que a disputa deverá se afunilar entre dois candidatos.

Lideram a corrida o chinês Qu Dongyu e a postulante europeia, a francesa Catherine Geslain-Lanéelle. Apenas em seguida aparecem Davit Kirvalidze (Geórgia) e Ramesh Chand (Índia). Recente exposição dos quatro mostrou que são todos tecnicamente bem preparados, mas a decisão também dependerá, em boa medida, da qualidade de relações bilaterais.

No caso do Brasil, existe uma evidente expectativa sobre quem apoiar, por seu pesos na agricultura mundial e pelo fato de o país ser a terra natal do atual diretor-geral, José Graziano da Silva.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, estará na semana que vem em Pequim e um dos temas do debate será o candidato chinês. Se os chineses estiverem convictos de que vão vencer, um voto a mais é bom, mas não determinante. Mas, se considerarem que a disputa está apertada, politicamente um apoio brasileiro certamente será mais valorizado.

A decisão do Brasil vai ser tomada em conjunto entre a Agricultura e o Itamaraty. Na nova linha da política externa pró-americana, surgiram rumores de um eventual apoio ao candidato da Geórgia, que pessoalmente diz ter o suporte do governo Trump – algo que os americanos não disseram explicitamente até agora.

Para fontes graduadas que acompanham a disputa, o que pode determinar o vitorioso será o apoio dos 53 países da Africa. De um lado, existe a influência francesa no continente, mas de outro está a China, que atualmente financia grandes projetos e argumenta que representará o mundo em desenvolvimento.

A eleição na FAO ocorrerá no próximo dia 22 de junho. Resta mais de um mês para manobras. Além disso, é preciso ver o que aconteceu na Unesco, a agência da ONU para educação, ciência e cultura, em Paris. Pelo sistema de rotação, a vaga era destinada ao Oriente Médio. Mas quem acabou ganhando foi a candidata francesa Audrey Azoulay.

Fonte: Valor Econômico.

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