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China reduz importação de carne com a recuperação da oferta doméstica de suínos

O apetite voraz da China por carne importada está começando a diminuir, à medida que os preços domésticos da carne suína caem e aumentam as preocupações dos consumidores com a presença do novo coronavírus em embalagens de alimentos que chegam de outros países. 

Por mais de dois anos, os criadores chineses lutaram contra surtos de peste suína africana, uma doença hemorrágica altamente contagiosa que reduziu a vara doméstica de porcos do país em 2019 em 41%, ou mais de 100 milhões de animais. Essa queda fez com que os preços da carne suína dobrassem. O vírus da peste suína africana não é prejudicial aos humanos, mas quase sempre é mortal em porcos e não existe vacina ou cura para ele. 

Os preços da carne suína no mercado chinês estão voláteis este ano, mas a curva é descendente. Os preços no atacado caíram 18% desde o início de setembro, para o equivalente a US$ 2,75 a libra, de acordo com a Wind, uma fornecedora chinesa de dados financeiros. A carne suína agora custa um pouco menos do que há um ano. 

Surtos de peste suína ainda estão ocorrendo, mas o país mudou para repovoar suas fazendas de suínos, adicionando 60 milhões de porcos desde o início de 2020, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas da China. 

Animais foram trazidos da Europa para aumentar as varas de suínos, novas fazendas foram construídas e grandes operações comerciais estão ampliando a produção. 

Os preços da carne suína devem continuar caindo no próximo ano, disse Feng Yonghui, analista-chefe do portal da indústria de suínos Soozhu.com, à medida que o esforço de reconstrução continua e os produtores enviam mais porcos para o abate. 

A população de suínos da China atualmente é de 370 milhões, ante cerca de 430 milhões antes da detecção da peste suína africana no país, em agosto de 2018. 

O país é o maior produtor e consumidor mundial de carne suína, e aumentou as importações de carne – incluindo bovina e ovina – para ajudar a cobrir o déficit interno. Nos primeiros dez meses de 2020, as importações de carne pela China foram avaliadas em US$ 25,4 bilhões, um aumento de 75% em relação ao ano anterior, um dos pontos positivos globais para uma indústria que viu a demanda cair devido ao fechamento de restaurantes em todo o mundo. 

O crescimento desacelerou recentemente, e os volumes de importação de outubro voltaram aos níveis de fevereiro, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas da China. 

Um dos motivos é a covid-19. Desde junho, quando o vírus surgiu em um mercado de frutos do mar, carnes e vegetais em Pequim, as autoridades chinesas identificaram as importações de alimentos refrigerados e congelados como potenciais portadores do coronavírus, sobretudo em embalagens.

Isso levou a inspeções e testes em grande escala de remessas de alimentos para o país. Algumas instalações de produção de carne tiveram que interromper as exportações para a China depois que trabalhadores em suas fábricas de processamento contrataram a covid-19.

Fonte: Valor Econômico.

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