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China pode importar carne suína dos EUA para controlar preços

A China quer aumentar as compras de carne de porco do exterior, incluindo dos Estados Unidos e da União Europeia, devido à preocupação do governo com a alta dos preços, segundo fontes.

Os planos para aumentar as compras de carne de porco coincidem com um possível passo de Pequim para aliviar as tensões comerciais com Washington, com a retomada das importações de produtos agrícolas dos EUA antes das negociações nas próximas semanas. Parte da carne de porco seria comprada para as reservas estaduais, de acordo com as fontes. Não há uma meta oficial, embora o volume total de importações de 2 milhões de toneladas para o ano seja considerado ideal, segundo uma das fontes.

A China importou cerca de 1 milhão de toneladas de carne suína este ano, das quais cerca de 87,771 mil toneladas vieram dos Estados Unidos, segundo dados da alfândega chinesa.

Maiores importações são apenas parte da solução para resolver a escassez. É provável que o país tenha um déficit de 10 milhões de toneladas de carne suína este ano, acima dos cerca de 8 milhões de toneladas do comércio global anual, segundo o vice-primeiro-ministro da China, Hu Chunhua, o que significa que o país precisará compensar o déficit sozinho, disse.

Pouco mais de um ano se passou desde que o maior produtor global de carne suína identificou o surto da peste suína africana. A doença, altamente contagiosa, se espalhou rapidamente por todo o país, apesar dos esforços para controlá-la. A China, que tinha mais de 400 milhões de porcos antes do surto, registrou uma queda de cerca de um terço dos plantéis. Os produtores estão receosos de aumentar a reprodução devido ao risco de um segundo contágio.

Embora a doença agora seja endêmica em algumas partes da China e se espalhe para países vizinhos, como Laos, Vietnã, Filipinas e Mongólia, autoridades chinesas têm incentivado a recomposição dos plantéis com ofertas de subsídios.

Enquanto isso, a produção suína da União Europeia e Brasil deve atingir níveis recordes, puxada pelas exportações para atender à demanda na China, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA. Um pesquisador do governo chinês diz, contudo, que o déficit é muito amplo para ser compensado pelas importações e, por isso, os preços precisam subir para limitar a demanda.

Fonte: Valor Econômico.

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