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China impulsiona embarques recorde de frigoríficos

Embaladas pela demanda da China, as exportações brasileiras de carne bovina bateram recorde em 2019. De acordo com dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), os frigoríficos exportarão no ano 1,83 milhões de toneladas neste ano, incremento de 11,3% na comparação com o ano passado.

Em receita, as exportações de carne bovina totalizarão US$ 7,5 bilhões em 2019, um aumento de 13,3% na mesma comparação. Neste ano, China, Hong Kong e Egito foram os principais destinos da carne bovina brasileira.

Entre janeiro e novembro, os embarques para os chineses representaram 24,5% do total, de acordo com a Abiec. O país asiático importou 410 mil toneladas, crescimento de 39,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em receita, as vendas cresceram 59,7%, totalizando US$ 2,2 bilhões.

De acordo com o presidente da Abiec, Antonio Camardelli, as exportações de carne bovina intensificaram o ritmo mensal após setembro, quando a China ampliou a lista de frigoríficos brasileiros aptos a exportar. Atualmente, 37 abatedouros estão autorizados pela Administração Geral de Aduanas da China (GACC). Ao longo deste ano, as autoridades chinesas habilitaram 23 abatedouros brasileiros.

O ritmo mensal de embarques à China, que girava em torno de 35 mil toneladas mensais até agosto, superou 80 mil toneladas em novembro. Pelas projeções de Camardelli, o ritmo deve se estabilizar entre 50 mil toneladas e 60 mil toneladas em 2020. Embora seja inferior ao volume visto em novembro, trata-se de um patamar bem acima da média de 2019. Se as exportações à China somarem, em média, 50 mil toneladas por mês, os frigoríficos enviarão 600 mil toneladas ao país asiático em 2020, o que deverá garantir um aumento de, no mínimo, 20%.

Segundo Camardelli, o aumento das vendas para a China, país que sofre com uma epidemia de peste suína africana, deve ser ajudado pela habilitação de mais frigoríficos ao longo do ano que vem. Nesse sentido, ele ressaltou a visita que técnicos do GACC farão ao Brasil na próxima semana com o objetivo de explicar a melhor forma de responder aos questionários de solicitação de habilitação. Neste ano, o erro de alguns frigoríficos no preenchimento do questionário chegou a atrasar as autorizações da China.

Nesse cenário positivo, as exportações de carne bovina devem bater um novo recorde em 2020. A Abiec projeta que as vendas crescerão 13% em volume, superando 2 milhões de toneladas, e 15% em receita, somando US$ 8,5 bilhões.

Fonte: Valor Econômico.

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