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China: importação de carne crescerá 3 milhões de toneladas em 2020

Na última sexta-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) expressou em sua atualização de projeção para a produção e o comércio mundial de carne, que a demanda chinesa por carne “continua incrivelmente forte devido ao déficit gerado pela peste suína”, disse Rafael Tardáguila depois de analisar o documento.

Apesar do impacto do coronavírus na economia e no serviço de alimentos, o diretor da Tardáguila Agromercados comentou que o USDA prevê um aumento nas compras chinesas de carne para 8 milhões de toneladas em 2020, 3 milhões a mais do que as importadas no ano passado.

A compra adicional “responde para cobrir parcialmente o déficit gerado pela peste suína”, acrescentou Tardáguila.

Segundo informações do USDA, a China será o destino de 43% das exportações mundiais de carne suína e 29% de carne bovina. “Um em cada três quilos de carne bovina vai para a China”, disse Tardáguila.

O USDA faz suas projeções anuais da produção e comércio mundial de carne em outubro, que a atualiza em abril. A partir deste ano, adicionou mais duas atualizações, em fevereiro e julho.

Em relação à produção, o USDA revisou as expectativas de produção em 1% em abril. “A queda é gerada pela menor expectativa de abate no Brasil, América do Norte e China”, explicou Tardáguila.

Ele explicou que nos Estados Unidos várias fábricas foram fechadas devido ao coronavírus e implicou em uma redução na produção, enquanto no Brasil, com uma realidade semelhante e uma queda na demanda doméstica devido à crise econômica, isso contribui para um ciclo de retenção de fêmeas.

Por fim, destacou que as exportações de carne permanecem estáveis ​​em relação à última projeção, de 10,7 milhões de toneladas. “Haverá um aumento na Argentina, Brasil, União Europeia e México, enquanto caem no Canadá e nos Estados Unidos”, explicou.

Quanto ao Brasil e Argentina, ambos atingirão percentuais recordes de exportação em 2020. “O Brasil comercializará 26% de sua produção para o mundo, a proporção mais importante em sua história, e a Argentina 25%, a mais destacada desde a década de 70.”

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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