A China vai elaborar e executar ainda em 2020 um plano de resposta para garantir sua segurança alimentar em meio à pandemia global de coronavírus, informou hoje a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma do país (NDRC), segundo a agência Reuters.
Pequim também deverá elaborar, no ano que vem, um novo plano nacional de médio e longo prazo para garantir o fornecimento de alimentos do país asiático, disse a NDRC em relatório anual enviado ao parlamento.
Os novos planos vêm depois que a pandemia agitou as cadeias de suprimentos agrícolas em todo o mundo e ameaçou desencadear uma potencial crise alimentar.
As autoridades chinesas instaram as empresas estatais e privadas do país a ampliar os estoques de produtos agrícolas básicos para a alimentação humana e animal, como soja e milho, a fim de amenizar eventuais interrupções no fluxo de escoamento.
“É imperativo, e está dentro de nossa capacidade, garantir o suprimento de alimentos para 1,4 bilhão de chineses através de nossos próprios esforços”, disse o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, ao parlamento, segundo a Reuters.
A China manterá a área total da colheita e a produção de grãos estáveis em 2020, dará mais “recompensas” aos principais países produtores de grãos e aumentará o preço mínimo de compra do arroz, disse Li.
“A China também continuará promovendo a recuperação da produção suína e reforçando inspeção e prevenção de importantes doenças animais, como a peste suína africana, segundo o relatório.
A peste suína africana, altamente contagiosa, já dizimou a enorme vara de porcos da China e continua a ser uma ameaça, mas o país não verá um grande aumento nos preços da carne suína, disse o ministro da Agricultura, Han Changfu, também segundo a agência.
A China também diversificará as importações agrícolas para tentar garantir a estabilidade do fornecimento – não só de grãos e carnes, mas também de ovos, frutas e legumes,entre outros.
Pequim também quer garantir aos produtores do país o fornecimento de sementes, fertilizantes, pesticidas e máquinas agrícolas, disse Li Keqiang.
Fonte: Valor Econômico.