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China demanda carne uruguaia, mas exige menor preço

Durante a feira de alimentos SIAL China, houve muitos interessados chineses que chegaram ao stand do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) mostrando vontade de importar. Mais do que nunca, esse destino busca preços melhores, aproveitando que compra bastante volume.

Durante a feira de alimentos SIAL China, houve muitos interessados chineses que chegaram ao stand do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) mostrando vontade de importar.  Porém, mais do que nunca, esse destino busca preços melhores, aproveitando os altos volumes negociados.

A importação de miúdos bovinos uruguaios pela China poderia aumentar se os operadores locais aceitassem baixar seus preços. Isso porque a desvantagem que os uruguaios têm hoje é que os seus preços são muito maiores do que os dos produtos australianos, por exemplo, principal competidor nesse mercado e em outros destinos, disse o diretor comercial do grupo Tacuarembó/Marfrig, Marcelo Secco.

Secco fez parte da delegação uruguaia que participou da feita SIAL China, ocorrida em Xangai. Essa é a principal feira da Ásia e a carne uruguaia busca marcar maior presença nesse mercado. Secco disse que os importadores chineses “estão buscando preços, tanto na carne ovina como na bovina”, pois enfrentam a necessidade de alimentar milhões de consumidores que preferem carnes vermelhas à medida que melhora seu poder aquisitivo. A demanda obriga os importadores a “ter um abastecimento estável em preços e o mais barato possível. Por isso, importam tanta carne da Índia e de todo o mundo”.

A cadeia de carnes uruguaia segue valorizando suas exportações e isso faz com que, na China e em outros mercados, a carne uruguaia e os miúdos tenham ficado caros frente aos produtos australianos. Como exemplo, Secco lembrou que os australianos têm hoje um novilho que está em US$ 0,40 por quilo de carne mais barato do que o uruguaio (cerca de US$ 3,27 por quilo frente aos US$ 3,70 do Uruguai).

De Xangai, o vice-presidente do INAC, Fernando Pérez Abella, avaliou a presença do Uruguai como muito positiva. Para o instituto, essa edição do SIAL China foi a melhor feira para a carne uruguaia dos últimos tempos, porque houve uma grande presença de interessados que visitaram o stand do INAC.

Durante a visita à China, Abella manteve contato com autoridades sanitárias do país asiático. Para ele, os chineses estão sofrendo uma transformação que surpreende pelo alto poder aquisitivo de alguns setores e isso, de algum modo, está explicando o interesse em uma maior importação de carnes.

Fonte: El País Digital, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

 

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