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Cepea analisa recuperação das exportações

Com base nas sucessivas indicações de que a crise mundial já teria superado o "fundo do poço", pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, responsáveis por índices de exportação do agronegócio estimam ritmo mais acelerado de crescimento para as transações internacionais já neste semestre. Em suas análises, contudo, ponderam sobre duas situações que poderiam limitar essa recuperação.

Com base nas sucessivas indicações de que a crise mundial já teria superado o “fundo do poço”, pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, responsáveis por índices de exportação do agronegócio estimam ritmo mais acelerado de crescimento para as transações internacionais já neste semestre. Em suas análises, contudo, ponderam sobre duas situações que poderiam limitar essa recuperação.

A curto prazo, a reação poderia ser consequência apenas de uma recomposição de estoques face aos estímulos fiscais e monetários aplicados no auge da crise, podendo se dissipar nos próximos meses, com o que se voltaria a um desempenho mais fraco da economia mundial. A longo prazo, a recuperação poderia ser tolhida por esforços que visassem a controlar eventual processo inflacionário decorrente de uma recuperação muito forte dos preços de commodities desencadeada pelos estímulos fiscais e monetários acionados em resposta à crise.

Quanto aos resultados das exportações do agronegócio no 1º semestre, os índices do Cepea mostram que predominou o recuo de atratividade. Comparando os resultados do período com os do 1º semestre de 2008, a queda dos preços de exportação dos produtos do agronegócio em dólares (IPE-Agro/Cepea) chegou a 12%. O volume (IVE-Agro/Cepea), no entanto, seguiu em expansão (5,6%), impedindo maior retração no faturamento em dólar do agronegócio (-7,28%). A taxa de câmbio efetiva real do agronegócio (IC-Agro/Cepea) aumentou 10,6% (desvalorização cambial) em relação ao primeiro semestre de 2008, amenizando a redução do índice de atratividade das exportações, que caiu 2,5%.

Óleo de soja, álcool, papel e celulose e carne suína tiveram recuo da atratividade (preço em dólar multiplicado pelo câmbio efetivo do agronegócio) acima de 16%. Em situação oposta estiveram o açúcar (24,28%), farelo de soja (13,39%) e madeira e mobiliário (6,44%). A atratividade da exportação soja em grãos teve pequeno aumento de 1% na comparação do primeiro semestre de 2009 com igual período de 2008.

Em relação ao comportamento regional, Sudeste, Sul e Centro-Oeste sofreram retrações em preços, enquanto as regiões Norte e Nordeste registraram alta. Quanto ao volume, as regiões Sul e Sudeste também foram desfavorecidas, registrando diminuição dos principais produtos agropecuários que exportam. A região Norte também sofreu recuo nos volumes, enquanto Nordeste e Centro-Oeste registraram aumento.

Relatório completo e série dos índices de exportação do Cepea: www.cepea.esalq.usp.br/macro/

As informações são do Cepea, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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