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Cenário pessimista para o mercado de máquinas

O crescimento de 2,9% nas vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias em 2020 projetado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) na manhã de ontem será puxado pela demanda para obras de infraestrutura, e não pelo campo. Foi o que afirmou o vice-presidente da entidade, Alfredo Miguel Neto.

“Eu gostaria de ter uma perspectiva extremamente otimista para o ano. Mas estamos começando 2020 prevendo estabilidade para a venda de máquinas agrícolas. O crescimento virá das máquinas para o setor rodoviário, com os investimentos em infraestrutura”, afirmou ele.

Em 2019, as vendas das duas categorias somaram 43,7 mil unidades – 39,4 mil de máquinas agrícolas e 4,3 mil máquinas rodoviárias (tratores de roda e retroescavadeiras). Para 2020, as vendas das duas categorias devem alcançar 45 mil unidades, sendo 40 mil unidades de máquinas agrícolas e 5,3 mil de rodoviárias.

“Se o Ministério da Agricultura anunciar crédito até o fim do Plano Safra 2019/20 [em 30 de junho] ou comunicar que não haverá recursos adicionais e os bancos privados oferecerem taxas atrativas – ou houver recursos para todo o ciclo 2020/21 -, poderemos refazer a estimativa”.

Segundo ele, mesmo com o remanejamento de quase R$ 1,5 bilhão para linhas de crédito como o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), ainda será necessário que o governo destine pelo menos outros R$ 2 bilhões para que não faltem recursos para o segmento até a virada do novo Plano Safra, em 1º de julho.

Em dezembro do ano passado, as indústrias de máquinas reivindicaram R$ 3 bilhões adicionais para o Moderfrota, principal linha de crédito para a compra de tratores e colheitadeiras do país. No total, o governo reservou R$ 9,7 bilhões para a linha na atual temporada.

“Esse dinheiro remanejado deverá acabar na primeira semana de março”, estimou Miguel Neto. “Esperamos que haja efetivamente um planejamento que cubra o ano integral. Há décadas que temos recursos menores que o necessário”, afirmou.

Fonte: Valor Econômico.

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