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Ceitec destaca criação de chip 100% nacional

Informações sobre peso, vacinas e árvore genealógica dos animais são alguns dos dados que podem armazenados em um chip 100% nacional, desenvolvido pelo Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), que está em fase final de testes e deve ser lançado no mercado no começo de 2010.

Informações sobre peso, vacinas e árvore genealógica dos animais são alguns dos dados que podem armazenados em um chip 100% nacional, que está em fase final de testes. O preço do chip está calculado em cerca de R$ 3 contra R$ 7 do equivalente importado. O produto deve ser lançado no mercado no começo de 2010.

O chip é dos produtos desenvolvidos pelo Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), estatal que nasceu em novembro do ano passado como resultado da estratégia do Ministério da Ciência e Tecnologia para desenvolver um padrão próprio de rastreabilidade. O trabalho do Ceitec foi detalhado durante o 11º Congresso de Agribusiness, realizado no Rio de Janeiro. O Ceitec funciona em Porto Alegre, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e detém a única fábrica de chips da América Latina.

“O chip é uma espécie de CPF do animal e a rastreabilidade é um requisito para a entrada em mercados mais exigentes”, disse o presidente do Ceitec, Eduard Weichselbaumer. Ele explicou ainda que a leitura do brinco ótico que contém o chip é fácil e os dados podem ser transmitidos diretamente para um computador, que armazena informações genéticas, zootécnicas e sanitárias de cada animal.

O Brasil é o maior exportador de carne e tem cerca de 200 milhões de cabeças de bovinos. A decisão de investir em um sistema confiável foi reforçada com a exigência pela rastreabilidade cada vez maior dos mercados compradores. A União Européia alegou falhas no controle para embargar importações de carne brasileira no início de 2008 e até hoje as compras ainda não retomaram o mesmo volume. Segundo cálculos do Ceitec, a implantação do chip não só permitiria a retomada deste mercado como pode representar um preço de venda superior em até 50%.

A matéria é de Regina Mamede, da Agência Sebrae de Notícias, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    A leitura visual do código de identificação do animal é um grande obstaculo a implantação efetiva de qualquer programa de rastreabilidade.

    A impressão de códigos de barras nos identificadores ou o uso de transponders (brincos eletronicos) associados a leitores de códigos de barras ou de radio-frequencia são formas de leitura precisas do código, eliminando os erros do processo.

    Por isto paranbés a CEITEC e qualquer outra iniciativa que reduza o custo destas tecnologicas e facilite sua adoção pelos produtores.

    Com brincos eletronicos e bons softwares, a um preço justo, simplificaremos o processo e ao mesmo tempo elevaremos as garantias.

    Att,

  2. Clédio Luiz Fabre disse:

    Somente assim as grandes propriedades tem como fazer a rastreabilidade. A CEITEC está de parabéns e o comércio de bovinos agradece!

    Clédio – Recria e engorda.

  3. Ananias Duarte disse:

    Vejam que o chip da Ceitec é do tipo ´Inteligente´: guarda várias informações sobre o animail. Creio que por disso seja tão caro!
    Seria interessante a criação de um chip ´burro´, assim denominados aqueles que guardam apenas o Código/Numero de identificação do animal. Os dados ou informações da vida do animal são armazenados em banco de dados dos software de Controle de Rebanhos e de Escrituração Zootécnica.
    Creio que esse tipo de chip terá custo bastante reduzido, principalmente em face de novos materiais colocados à disposição das industria de TI. A tecnologia de um e de outro é a mesma: radiofrequencia.

  4. Ananias Duarte disse:

    O brinco desenvolvido pelo CEITEC é do tipo “inteligente”, pois armazena diversas informações sobre o animal, pois ser tão caro.
    Existe, também, o brinco “burro”, assim chamado por conter apenas um código/número que servirá como identificador do animal. Os dados (genéticos, zootécnicos, sanitários, etc.) do animal portador do brinco estão armazenados em banco de dados que integram os softwares de controle de rebanho. Creio que esse tipo de brinco terá custo menor e, portanto, acessível ao pecuarista brasileiro.

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