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Carnes puxaram alta das exportações do campo em novembro

As exportações brasileiras do agronegócio renderam US$ 8,2 bilhões em novembro, segundo dados da Secretaria de comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura. As importações de produtos do setor alcançaram US$ 1,1 bilhão, e, assim, o superávit ficou em US$ 7,1 bilhões. Em relação ao mesmo mês do ano passado, as exportações cresceram 1%, as importações foram 8,6% menores, e o saldo, portanto, registrou alta de 2,6%.

O aumento da receita dos embarques foi puxado sobretudo pelas carnes bovina, de frango e suína, que geraram, no total, divisas da ordem de US$ 1,6 bilhão, 22,1% mais que no mesmo mês do ano passado. Segundo o ministério, apenas as vendas para a China, que está às voltas com uma greve epidemia de peste suína africana que dizimou grande parte de seu plantel de porcos, atingiram US$ 685,9 milhões, ante US$ 253,1 milhões em novembro de 2018 – o segundo principal destino das vendas foi Hong Kong, com compras de US$ 147,6 milhões.

“Ou seja”, reforça comunicado do ministério, “a China e sua região administrativa responderam por 53,4% do valor exportado pelo Brasil de carnes em novembro”.

Sempre conforme a Pasta, as exportações de carne bovina, cujos preços estão em forte alta no mercado brasileiro, bateram recordes de volume e valor em novembro. Foram 180 mil toneladas, 13,8% mais que no mesmo mês do ano passado, ou US$ 844,6 milhões, alta de 36,9% na comparação. Para a China, os embarques renderam US$ 488 milhões, um incremento de 202,3%.

A receita das exportações de carne de frango, por sua vez, chegou a US$ 530,7 milhões, um aumento de 3% ante novembro de 2018, e a China absorveu 23,3% desse total. No caso da carne suína, os chineses ficaram com US$ 74,1 milhões, ou 50% do total exportado pelo Brasil.

Embora tenham recuado – e apesar do aumento dos embarques de carnes -, soja em grão e derivados (farelo e óleo) continuaram a encabeçar a pauta de exportações do setor. Mesmo com o arrefecimento da demanda da China, que lidera as importações globais da oleaginosa, as vendas do “complexo soja” renderam US$ 2,3 bilhões no mês passado, apenas 0,8% menos que em novembro de 2018.

“Houve elevação da quantidade exportada de soja em grão, que atingiu 5,2 milhões de toneladas [7,1% mais que em novembro de 2018]. Esse volume foi recorde para meses de novembro”, disse o ministério.

Também mereceram destaque nas exportações de novembro os produtos florestais (US$ 916,7 milhões, em queda de 19,2%), os cereais, impulsionados pelo milho (US$ 780,1 milhões, alta de 13,9%), açúcar e etanol (US$ 660,2 milhões, aumento de 5,9%) e café (US$ 452,4 milhões, baixa de 20%).

Com os resultados de novembro, nos primeiros 11 meses deste ano as exportações setoriais somaram US$ 89,3 bilhões, 3,7% menos que em igual intervalo de 2018. Na mesma comparação, as importações caíram 2,7%, para US$ 12,6 bilhões, e o superávit setorial diminuiu 3,9%, para US$ 76,8 bilhões.

No período, as exportações foram lideradas pelo complexo soja (US$ 31 bilhões, queda de 19,5%) e carnes (US$ 14,8 bilhões, alta de 10,8%). E a China foi o destino de 32,2% da receita com os embarques, ou US$ 28,8 bilhões – 12,8% menos que nos primeiros 11 meses de 2018.

Fonte: Valor Econômico.

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