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Carne bovina in natura brasileira cada vez mais perto dos EUA

A esperada abertura do mercado americano para a carne bovina in natura do Brasil deverá, enfim, ser anunciada nas próximas semanas. A expectativa é que a permissão de Washington para a importação do produto seja oficializada até a visita da presidente Dilma Rousseff aos EUA, marcada para 30 de junho.

A indústria brasileira de carnes espera pela medida há anos. Em dezembro de 2013, o Serviço de Inspeção Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) abriu uma consulta pública sobre uma proposta possibilitando a compra de carne bovina in natura de 14 Estados brasileiros. Inicialmente válido por 60 dias, o período de comentários foi ampliado por mais 60 – prazo solicitado por oito senadores de Estados com tradição pecuarista, como Montana e Wyoming.

A prorrogação terminou em 22 abril de 2014 e o USDA passou a avaliar as centenas de comentários feitos à proposta. Muitos deles manifestavam a preocupação com o risco de que a carne brasileira pudesse levar a febre aftosa de volta aos EUA. Na proposta para abrir o mercado americano ao produto do Brasil, o APHIS diz ter concluído que o programa do país de controle e erradicação da doença é eficaz, tendo feito avaliações em suas visitas ao Brasil em 2002, 2003, 2006, 2008 e 2013.

Desde o fim de 2013, portanto, há a expectativa de que o governo americano aprove a importação de carne brasileira. “O anúncio deve ocorrer nas próximas semanas. Nós esperamos genuinamente que ela saia antes da visita de Dilma”, diz uma fonte que acompanha as negociações. A expectativa de alguns analistas é que a autorização seja confirmada quando a presidente estiver nos EUA.

Na proposta apresentada no fim de 2013, o APHIS estimava que as importações de carne bovina in natura do Brasil ficariam entre 20 mil e 60 mil toneladas por ano, volume que colocaria os EUA entre os dez principais destinos dos embarques brasileiros. O volume não prejudicaria a balança dos EUA e os preços teriam uma queda muito pequena no mercado americano. A abertura dos EUA à carne brasileira também é considerada positiva pelos produtores brasileiros pois pode ajudar a abrir terceiros mercados, lembra a fonte. A chancela americana seria importante para abrir países como o Japão.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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