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Carne bovina brasileira na China nada de braçada e deixa concorrentes a ver navios

As importações totais de carne bovina da China alcançaram 1,57 milhão de toneladas nos primeiros nove meses de 2020, o que significou avanço de 39% sobre o volume registrado no mesmo período do ano passado, informou o Rabonbak, em seu relatório divulgado nesta quarta-feira (2/12), publicado em inglês.

O banco de origem holandesa chama a atenção para o crescimento significativo das importações chineses de carne vermelha num período marcado pelas turbulências geradas pela pandemia da Covid-19, que resultaram em sérios problemas comerciais, tais como a suspensão temporária de unidades fornecedoras, devido aos envios de lotes detectados com a presença do vírus, além de interrupções em fábricas de processamento em países exportadores, por causa dos avanços de contaminações em funcionários que trabalham no chão das plantas frigoríficas.

Segundo o Rabobank, nos primeiros três trimestres, as importações chinesas de carne bovina representaram 26% da oferta total da proteína no mercado local (não considerando estoques iniciais). No mesmo período de 2019, as compras externas de carne bovina tiveram participação de 19%. Entre os principais países exportadores da commodity, o Brasil registrou os mais fortes crescimentos (156% no acumulado do ano), aumentando a sua participação no mercado chinês de carne bovina de 24% em 2019 para 38% em 2020, de acordo com o banco.

Com quase 40% de participação, o Brasil é de longe o principal fornecedor à China, seguido por Argentina (22%), Austrália (14%), Uruguai (10%) e Nova Zelândia (8%). “Embora a classificação não tenha mudado entre os principais fornecedores, a expansão da participação do Brasil foi às custas de outros”, destaca o Rabobank.

Os EUA também viram forte crescimento (88% no ano), mas a quantidade continua pequena em relação a outros exportadores. “Esperamos que os EUA aumentem as exportações para a China em 2021”, que destaca a capacidade do país da América Norte em atender a demanda chinesa por uma carne de alta qualidade (mercado premium).

No entanto, pondera o banco, embora a Covid-19 esteja amplamente sob controle na China continental, ainda persiste o problema de registros de casos de contaminações pelo vírus em embalagens importadas contendo carnes e frutos do mar. “Isso levará a uma inspeção mais rigorosa nos portos e na cadeia/ armazenamento local de frios, o que provavelmente reduzirá as importações”, prevê o Rabobank.

Fonte: Portal DBO.

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