Confira novidade do restaurante Pobre Juan, a carne Belted Galloway

Nos últimos sete meses, os donos do Pobre Juan pisaram forte no acelerador. O número de sócios caiu de oito para três, foram feitos investimentos de R$ 16 milhões para abrir mais quatro restaurantes, levando a rede especializada em carnes a nove unidades, e foi criada a Prime Cater, responsável por comprar as carnes e abastecer a rede.

A expectativa é chegar a uma receita bruta de R$ 80 milhões neste ano, o dobro do faturado no ano passado, e chegar a R$ 100 milhões, atendendo 1 milhão de clientes, em 2014. As metas fazem parte de um programa de expansão: formar um empresa que reúna outras bandeiras de restaurantes, ancorada em uma estrutura administrativa e operacional centralizada. Os recursos para os investimentos, até agora, têm vindo do BNDES, Bradesco, Santander, Itaú Unibanco e dos sócios.

De acordo com Cristiano Melles, que divide o controle do negócio com o sócio Rafael Valdivia, o Pobre Juan quer construir uma companhia de alimentação fora do lar, de múltiplos conceitos, em ‘fine’ e ‘casual dining'”. A rede emprega 500 funcionários e o restaurante de número nove será inaugurado em abril, no Rio de Janeiro. O Pobre Juan está em São Paulo, Rio, Distrito Federal, Campinas (SP) e Recife.

A operação foi aberta há nove anos em São Paulo por um grupo de oito amigos que sentiam falta de um lugar agradável, aconchegante, para comer carne à moda argentina, feita na “parrilla”, na grelha, onde o “pobre juan”, o churrasqueiro, sofre com o calor.

A decisão de fazer o Pobre Juan com qualidade dos alimentos, levou os sócios a criarem uma nova empresa, a Prime Cater. A Prime, aberta em novembro, compra as carnes e abastece as unidades do Pobre Juan. A parceria com o frigorífico JBS e, em menor escala, com a Marfrig continua. E, com a Prime, os planos de participar da criação de gado no Uruguai e na Argentina e ter o controle de toda a operação, até o corte final, começam a deslanchar. A Prime compra 30 toneladas de carne por mês.

O primeiro projeto nessa linha acaba de sair do papel. A Prime, comandada por Marcelo Shimbo, que veio do JBS, comprou 60 cabeças do gado Belted Galloway no Uruguai, no fim do ano passado. A engorda e o abate foram feitos em São Paulo. É com a carne do Belted Galloway que o Pobre Juan está fazendo um festival de cortes nobres.

Segundo Melles, de um boi, consegue-se retirar 16 kg de carne, em cortes de 300 gramas cada um. Todo esse trabalho é feito sob a supervisão dos sócios. A carne é embalada a vácuo e recebe um cartão, equipado com um circuito de rádio, no qual é possível medir a temperatura. A logística também é organizada e contratada pela Prime.

O BeefPoint foi ontem (quarta-feira, 17/04/2013) ao restaurante Pobre Juan, em Campinas, para provar os variados cortes do gado Belted Galloway, que conta com um local agradável e com muito bom gosto. Foi um almoço especial para convidados e imprensa. Tivemos o prazer de conversar também com o Prof. Pedro de Felício.

Confira algumas fotos:

A carne de animais da raça Belted Galloway é uma exclusividade do Pobre Juan e está disponível apenas nessa quinta e sexta-feiras, 18 e 19 de abril de 2013. Nós provamos e aprovamos. Aproveite :-)

Sobre a raça Belted Galloway

A Belted Galloway é uma das raças puras de corte mais antigas que se tem conhecimento. Seus registros foram encontrados na região de Galloway no sudoeste da Escócia, onde era usada como produtora de carne, leite e confecção de tecidos. Foram importados para os EUA no fim da década de 40, e hoje são encontrados em pequenos rebanhos por todo o país. A qualidade da carne é superior e muito estimada por seu sabor, devido à perfeita mistura entre a carne e a gordura e pela estrutura das fibras. É uma raça extremamente rústica por seleção natural e a única entre os bovinos de corte que tem 2 camadas de pelo, uma mais fina e macia sobre a pele e outra mais comprida e espessa por fora mantendo sua temperatura, não precisando queimar gorduras no inverno, e portanto, não precisando acumulá-las no verão.

O gado Belted Galloway é famoso devido à intensa marmorização da carne e à sua marca, o cinto ou “belt” em sua cintura, confira nas fotos abaixo:

Fonte: jornal Valor Econômico e Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.