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Cargill promove carne bovina canadense na Ásia

A companhia Cargill Foods está prevendo um grande crescimento no mercado de carne bovina no Japão e preparou um plano para promover agressivamente a carne bovina canadense neste país, assim que as barreiras comerciais forem retiradas, disse um oficial da companhia em uma reunião semi-anual da Associação Canadense de Produtores de Carne Bovina, ocorrida em Moose Jaw, Saskatchewan na quinta-feira passada.

A planta processadora de High River, Alberta, da Cargill abatia 3 mil bovinos por dia antes do fechamento das fronteiras internacionais para a carne bovina e bovinos do Canadá devido ao registro de uma vaca infectada com encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da “vaca louca”, anunciado em 20 de maio. O fechamento das fronteiras resultou em demissões temporárias na planta de High River.

Os Estados Unidos e o México anunciaram aberturas parciais da fronteira aos produtos canadenses, mas o Japão continua mantendo a barreira.

O vice-presidente de vendas internacionais e marketing da Cargill, Cary Humphries, disse que a companhia não terá todo seu potencial de rendimento até que as fronteiras sejam reabertas para a carne bovina e bovinos canadenses.

Aproximadamente 15% das 3 mil cabeças produzidas diariamente pela Cargill, em High River, eram destinados à Ásia ou ao México antes das barreiras internacionais, segundo Humphries. 40% da produção eram destinados ao mercado doméstico, enquanto 45% iam para os EUA. Quase 100% das vendas de carnes com osso de High River, que são responsáveis por Cdn$ 10 (US$ 7,12) por cabeça, iam para a Ásia antes do fechamento da fronteira, disse Humphries.

A atribuição da marca é uma parte chave da estratégia da Cargill para aumentar as vendas mundiais de carne bovina, segundo o vice-presidente. Uma vez que a fronteira do Japão for reaberta, a marca Rocky Mountain será relançada neste mercado na tentativa de recapturar a participação da carne canadense no mercado japonês.

À medida que o rendimento cresce, o consumo de proteínas aumenta, disse Humphries. O Produto Interno Bruto mundial, especialmente na Ásia, deverá crescer nos próximos anos. Desta forma, à medida que as pessoas têm mais dinheiro, terão maiores chances de comprar carne bovina, segundo ele. Humphries deu o exemplo de Taiwan, onde o aumento no rendimento resultou em um aumento de quatro vezes no consumo de carnes.

Níveis relativamente altos no rendimento sozinhos não resultam em um maior consumo de carnes segundo ele. Humphries notou que, no Japão, a demanda per capita está relativamente baixa principalmente por causa dos altos preços da carne bovina. Segundo ele, que completou três anos e meio trabalhando na Cargill no Japão, as altas tarifas do país para carne bovina importada é o principal impedimento do aumento do consumo. Ele disse também que um estudo global da companhia mostrou que, de 1995 a 2000, cada 1% de redução nas tarifas resultou em um crescimento de 3% no consumo de carne bovina.

Os consumidores japoneses “consumirão substancialmente” mais carne bovina se esta for de alta qualidade e com bons preços, disse Humphries.

Atualmente a Cargill não vê a Europa como um mercado em potencial para carne bovina devido à proibição de hormônios. Entretanto, a companhia pensa que as restrições precisam ser combatidas à medida que outras regiões do mundo estão seguindo o exemplo da Europa. 40% dos potenciais consumidores de carne bovina do mundo estão agora afetados pela barreira aos hormônios à medida que seus governos adotaram a idéia européia de proteger suas indústrias de carne bovina usando “barreiras comerciais não cientificas”, disse Humphries.

Fonte: Efeedlink.com, adaptado por Equipe BeefPoint

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