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Campo aproveita mal tecnologia, diz Rui Prado

Os gargalos do agronegócio vão além do comportamento do dólar e passam por uma ampliação do conhecimento e das informações disponíveis no setor, segundo Rui Prado, presidente do sistema Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso).

As indústrias voltadas para o fornecimento de insumos e equipamentos para o setor já têm ciência dessa necessidade e começam a agregar empresas de informação sob seu guarda-chuva.

Prado diz que é necessário levar o conhecimento também para dentro das fazendas, onde ainda há uma forte ausência. Para ele, é necessário que o país caminhe rapidamente para sanar esse gargalo de conhecimento no setor agropecuário.

Ele cita o exemplo das máquinas agrícolas, em que o avanço da tecnologia disponível é grande, mas o aproveitamento final do produto, muito pequeno. Em uma escala de 10 para a tecnologia disponível na máquina, o aproveitamento no campo fica em apenas 5, afirma.

Para Prado, uma ação mais ampla depende de um programa de governo, passando inclusive por uma mudança curricular do ensino. Não faz sentido orientar todos para carreiras como as de advogados ou médicos se muitos vão necessitar mesmo é de conhecimentos técnicos.

Um grande desafio do setor rural hoje é encontrar trabalhadores capacitados para os novos equipamentos à disposição da agricultura. Algumas máquinas chegam a valer até R$ 1,3 milhão atualmente e, apesar do salário elevado, é muito difícil encontrar um profissional preparado para o uso adequado desses equipamentos. Prado diz que um operador de máquina que atua no campo chega a ganhar o correspondente a R$ 9.000 em São Paulo atualmente. Ele considera nesse valor o fato de o trabalhador rural não ter custos de moradia, alimentação, transporte, água e luz. Apesar do salário, o país não está preparado para fornecer todos os profissionais exigidos pelo setor.

Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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