A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira voltou a intensificar as ações para evitar que os países árabes também ergam barreiras às proteínas animais produzidas em território nacional.
Para coordenar as ações de esclarecimento que voltaram a ser adotadas, a câmara, sediada na capital paulista, reativou o “comitê de crise” criado após a Operação Carne Fraca.
“Estamos novamente cumprindo nosso papel de informar os países árabes, com agilidade e transparência, sobre o que está acontecendo no segmento”, afirma Rubens Hannun, presidente da câmara. Isso significa municiar todas as embaixadas dos países árabes no Brasil e embaixadas brasileiras nos países árabes com documentos sobre problemas apurados, medidas oficiais adotadas e outras informações disponíveis sobre eventuais problemas apurados.
De acordo com Hannun, esse tipo de esclarecimento é importante para que os importadores não se sintam inseguros para continuar fazendo suas compras, por mais que as carnes bovina e de aves brasileiras sejam necessárias para os países árabes.
Houve alguma turbulência depois da Carne Fraca, até porque embargos temporários foram adotados em países como Argélia e Egito, mas Hannun não tem dúvida que o impacto teria sido bem maior não fossem as ações do “comitê de crise”.
Criado em 20 de março, o comitê, nos dias seguintes, enviou cartas de esclarecimento e promoveu reuniões com representantes do Ministério da Agricultura do Brasil e da indústria exportadora brasileira.
A câmara também promoveu a vinda ao Brasil de jornalistas e formadores de opinião do mundo árabe, sobretudo os quatro maiores importadores (Argélia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos) e ajudou a definir o roteiro de uma missão do governo brasileiro àquela região.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.