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BRF pretende reajustar preços no mercado internacional

O aumento da demanda no mercado internacional está fazendo com que a BRF-Brasil Foods inicie um processo de reajuste dos preços praticados no exterior. Neste quarto trimestre, a empresa já tem planos de negociar um aumento de 10% a 15% para aquilo que é exportado. "O mercado externo voltou para seus patamares médios históricos", disse José Antonio do Prado Fay, presidente da Brasil Foods. "Temos um cenário favorável para repassar os custos, seja no mercado interno seja no externo. Hoje encontramos condições conjunturais para fazer esses ajustes", afirma Leopoldo Saboya, diretor financeiro da empresa.

O aumento da demanda no mercado internacional está fazendo com que a BRF-Brasil Foods inicie um processo de reajuste dos preços praticados no exterior. Neste quarto trimestre, a empresa já tem planos de negociar um aumento de 10% a 15% para aquilo que é exportado. “O mercado externo voltou para seus patamares médios históricos”, disse José Antonio do Prado Fay, presidente da Brasil Foods.

A recuperação do mercado internacional é atribuída, principalmente, aos países emergentes do Oriente Médio. A Europa, um dos mais tradicionais mercados para a carne de frango do Brasil, está com demanda estagnada, segundo Fay, mas apresenta um aumento nos preços dos alimentos, influenciado, principalmente, pela quebra da safra de trigo na Rússia.

“Temos um cenário favorável para repassar os custos, seja no mercado interno seja no externo. Hoje encontramos condições conjunturais para fazer esses ajustes”, afirma Leopoldo Saboya, diretor financeiro da empresa.

Com a queda de seu lucro líquido no terceiro trimestre – de 10% sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 190 milhões – e ainda esperando uma definição do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Brasil Foods já traça planos de novos investimentos para o segundo semestre de 2011, com objetivo de garantir o crescimento da empresa em 2013. “Uma definição por parte do Cade em 2011 é uma necessidade. Sabemos da complexidade da operação, mas não há razão para uma demora tão grande”, afirma Fay.

Neste ano, a Brasil Foods deve concluir investimentos da ordem de R$ 1 bilhão em manutenção de fábricas e ganhos de produtividade. O valor deve se manter estável para 2011, mas tende a ser direcionado para a área comercial, no caso do mercado interno, e para a distribuição, quando o assunto é mercado externo. Segundo Fay, a empresa continuará criando sua plataforma de distribuição externa, seja partindo de projetos do zero, como fez na Arábia Saudita, ou por meio de parceria e aquisições.

Apesar de um cenário positivo para o quarto trimestre e também para 2011, o preço das commodities e a volatilidade no mercado internacional merecem atenção. Segundo Fay, as baixas taxas de juros praticadas em alguns países aumentam o apetite dos fundos por commodities agrícolas. Esse fato faz com que os fundamentos do mercado dividam as atenções dos analistas com os aspectos financeiros.

Além da influência financeira, ele considera que a demanda de grãos para a produção de combustíveis pode provocar uma falta de proteínas, uma vez que a oferta de matérias-primas está bastante apertada. “Eu acreditava que os preços dos grãos não voltariam para os patamares de 2008, mas hoje já não posso mais afirmar isso”, afirma Fay.

A matéria é de Alexandre Inacio, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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