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BRF e Marfrig aumentarão o preço de seus produtos

O mercado internacional de grãos teve preços recordes recentemente, por conta da seca que afetou as lavouras norte-americanas, e a BRFbusca recuperar margens com os reajustes, assim como a Marfrig, a segunda no ranking. O aumento dos preços das carnes deverá ser mais um desafio a ser enfrentado pelo governo para manter a inflação sob controle.

A Brasil Foods (BRF) e o Marfrig reajustarão os preços de seus produtos para compensar o aumento de custos, especialmente a alta nos grãos que servem de ração para os animais, disseram executivos das companhias nesta terça-feira (14). O reajuste dos preços neste trimestre será de 5 a 10%, afirmou o presidente da BRF, José Antonio Fay, em conferência com jornalistas para detalhar os resultados do segundo trimestre.

O mercado internacional de grãos teve preços recordes recentemente, por conta da seca que afetou as lavouras norte-americanas, e a BRFbusca recuperar margens com os reajustes, assim como a Marfrig, a segunda no ranking. O aumento dos preços das carnes deverá ser mais um desafio a ser enfrentado pelo governo para manter a inflação sob controle. O item alimentação é um dos que mais preocupa economistas atualmente, após a disparada nas cotações dos grãos no mercado internacional.

O executivo da BRF lembrou que o planejamento para as vendas de final de ano teve início em março, e os animais já estão sendo alimentados com grãos a um preço muito mais alto do que no ano passado. No segundo trimestre, a empresa já aplicou reajuste marginal entre 1 e 2%.

Segundo Ricardo Florence, diretor de Relações com Investidores do Marfrig, a empresa deve ser menos afetada pelos custos maiores dos grãos por ter mais negócios em bovinos do que a BRF. Além disso, as margens do setor bovino estão melhorando, com um custo menor da arroba do boi. Por outro lado, a BRF é a maior produtora do país de carne de aves e suína, produtos cujos custos estão mais relacionados aos preços do farelo de soja e do milho, em níveis recordes atualmente.

O aumento significativo dos custos dos grãos levou representantes do setor de carnes nesta terça-feira (14) a Brasília para pedir ao governo a liberação dos créditos de PIS/Cofins que a Receita Federal deve às empresas. O objetivo, segundo a associação que reúne as processadoras de carne de frango (Ubabef), é usar os créditos para reforçar o capital de giro e investimentos, num momento de margens mais apertadas pelo aumento dos custos.

Fonte: Reuters, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    As altas nos preços da carne suína e na carne de frango vão acabar refletindo no preços da carne bovina. São produtos concorrentes. E os custos de produção da carne bovina também sofrem, ainda que menos, com a alta dos preços dos grãos.

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