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BRF busca manter oferta ajustada às curvas da demanda

Os reflexos da pandemia sobre o mercado de alimentos no país têm gerado movimentos erráticos no comportamento da demanda e exigido adaptações na produção, mas, com uma estratégia focada no médio prazo e a adoção de medidas de proteção aos trabalhadores, a BRF tem conseguido manter suas unidades em operação e direcionar as vendas aos canais onde o consumo está mais aquecido.

Em Live do Valor realizada ontem, o CEO da companhia Lorival Luz, lembrou que a BRF criou um comitê multifuncional para enfrentar a covid-19, implementou ações como o distanciamento para preservar a saúde dos trabalhadores e tem procurado trabalhar de maneira construtiva para enfrentar a crise, inclusive com canais de diálogo aberto com governos federal, estaduais e municipais.

Mesmo tendo sido obrigada a suspender temporariamente as atividades em sua unidade localizada em Lajeado (RS) – a fábrica já voltou a rodar -, disse o executivo, de forma geral as fábricas da companhia continuam operando. Segundo o CEO da BRF, no que depender da companhia e da indústria de aves, suínos e alimentos processados como um todo, não há risco de desabastecimento nos próximos meses no Brasil.

Nesse sentido, disse Luz, a BRF já iniciou um processo de contratação de 2 mil funcionários para eventuais substituições de trabalhadores contaminados que tenham que se afastar temporariamente de suas funções e o número poderá chegar a cerca de 5 mil se for necessário.

De acordo com o executivo, por mais que a área de food service esteja com muitos problemas em razão das medidas restritivas à circulação na maior parte do país, o deslocamento do consumo para as residências tem mantido a demanda agregada por produtos da BRF, que é dona das marcas Sadia e Perdigão. Luz afirmou que as vendas de congelados, por exemplo, estão em alta, e que as de margarina cresceram 18% no varejo.

Lorival Luz também destacou na Live do Valor que, em tempos de crise econômica, proteínas animais mais baratas, como carnes de frango e suína, costumam ser privilegiadas, e que nesse sentido esse mercado poderá inclusive crescer nos próximos meses.

Para a BRF, as recentes oscilações do dólar também não têm sido motivo para maiores preocupações neste momento. Segundo Lorival, em primeiro lugar porque a empresa é grande exportadora – a alta do dólar favorece os embarques e a geração de caixa -, mas também porque alongou dívidas e os primeiros vencimentos em parcelas em moeda americana serão apenas em 2022.

Uma das maiores empresas de alimentos do país, a BRF tem 34 unidades de produção – a empresa também tem cinco plantas no exterior. No total, são 90 mil colaboradores espalhados por 130 países. No primeiro trimestre, a receita líquida da companhia somou R$ 8,9 bilhões.

Fonte: Valor Econômico.

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