Mercado Físico da Vaca – 09/02/11
9 de fevereiro de 2011
Mercados Futuros – 10/02/11
11 de fevereiro de 2011

Brasil: uso da internet no agronegócio é incipiente

Ferramentas de reconhecida eficiência para disseminar ideias e fazer negócios, as redes sociais ainda estão longe do radar dos integrantes do agronegócio brasileiro. De grandes empresas globalizadas a pequenos produtores ainda são incipientes as iniciativas para explorar o potencial da chamada web 2.0, aponta o estudo "Agronegócios 2.0, benefícios das redes sociais para o agronegócio", elaborado pela TerraForum Consultores, empresa com foco em gestão do conhecimento e inovação.

Ferramentas de reconhecida eficiência para disseminar ideias e fazer negócios, as redes sociais ainda estão longe do radar dos integrantes do agronegócio brasileiro. De grandes empresas globalizadas a pequenos produtores ainda são incipientes as iniciativas para explorar o potencial da chamada web 2.0, aponta o estudo “Agronegócios 2.0, benefícios das redes sociais para o agronegócio”, elaborado pela TerraForum Consultores, empresa com foco em gestão do conhecimento e inovação.

“O agronegócio brasileiro é admirado no mundo por sua eficiência, mas está muito atrasado quanto à exploração das possibilidades da internet. Europeus e norte-americanos estão muito à frente”, afirma José Cláudio Terra, presidente da consultoria, para quem um dos grandes desafios do setor é utilizar mais a internet e as redes sociais – Facebook, Orkut, Twitter, LinkedIn – como ferramentas de integração e ampliação de negócios e disseminação de ideias.

O estudo mostra as estratégias de comunicação via web utilizada por 13 empresas e entidades no Brasil e no mundo, em todos os elos da cadeia, da produção à industrialização. Nos EUA, já existem muitas iniciativas avançadas em várias frentes. Um exemplo citado pelo estudo é o do site Eat Maine Foods! (Coma comida do Maine!, numa tradução livre), que usa as redes sociais para divulgar e vender os produtos agrícolas do estado norte-americano do Maine. O FarmsReach se tornou o E-bay (site de leilões) do setor agrícola do país.

Outro caso analisado é o do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que utiliza as redes sociais para atrair os produtores para o site do órgão. Ali, eles discutem política agrícola, dão sugestões ao governo, conhecem novas tecnologias, e por aí vai. “No Brasil, esse tipo de experiência ainda é irrelevante”, diz Terra.

No lado corporativo, um dos casos levantados é o da Monsanto nos EUA. Empresa de biotecnologia, tema sensível em qualquer lugar do mundo, a companhia, segundo o estudo, é eficiente no monitoramento de sua marca, na resposta a críticas e na agregação de usuários a suas redes, entre outras estratégias. “Do ponto de vista das redes sociais eles são muito bons no que fazem”, afirma Terra.

No caso dos produtores rurais, ele lembra que a dificuldade de acesso à internet nas áreas rurais brasileiras dificulta o uso das redes, mas vê um avanço no futuro com a multiplicação dos acessos e dos smartphones, aparelhos celulares com acesso à web. “O cooperativismo pode ser extremamente potencializado com a web 2.0”, afirma o executivo. “Em algum momento, o agronegócio brasileiro vai perceber que ficar isolado não é uma boa política”.

Há iniciativas interessantes de uso das redes surgindo no Brasil. Na esteira dos sites de compras coletivas foi lançado recentemente o primeiro site de compras rurais no País, o Espiga de Milho. O sítio reúne produtores interessados na aquisição de todo tipo de produto, defensivos, equipamentos etc.

Na área de pesquisa e desenvolvimento, há a Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária (RIT DA). Com grande variedade de ferramentas de interação, o site funciona como uma sala de discussão dividida entre profissionais do ramo e leigos. A iniciativa já conta com 3.577 usuários de todos os Estados do País.

As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress