O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) liberou ontem (14) as importações de carne bovina maturada e desossada da Argentina. As importações estavam suspensas desde 5 de setembro, após confirmação da ocorrência de um foco de febre aftosa na província de Salta.
A decisão foi comunicada, por fax, ao Serviço Nacional de Sanidade Animal e Qualidade Agroalimentaria da Argentina (Senasa), a todas as delegacias federais de Agricultura nos estados, postos de vigilância nas fronteiras, portos e aeroportos. Continuam proibidas as compras de carnes de três localidades: Salta, Formosa e Jujuy.
Segundo o diretor do Departamento de Defesa Animal (DDA), João Cavallero, a retomada das importações foi possível graças ao trabalho realizado pela Argentina no controle do foco, como restrição ao trânsito do rebanho bovino das três províncias, sacrifício de 39 animais e vazio sanitário.
Ele acrescentou que, apesar da liberação, Santa Catarina continuará sem receber carne da Argentina, pois é o único considerado nacionalmente livre de febre aftosa sem vacinação.
Até setembro, o Brasil importou 4,4 mil toneladas de carne da Argentina e este volume deverá chegar a sete mil toneladas até o final do ano. O Mapa mantém a restrição para compra de animais vivos, carne com osso, material para reprodução e miúdos.
Cavallero explicou que o foco da doença na Argentina está no mesmo ecossistema dos focos detectados este ano na Bolívia e no Paraguai. O problema mais grave, no entanto, está na Bolívia, que tem problemas de estruturação do sistema de vigilância sanitária, cadastro dos animais e controle de vacinação.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), adaptado por Equipe BeefPoint