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Brasil negocia venda de carne in natura aos EUA

Segundo informação divulgada ontem pelo ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, que participa da 22a Reunião Ministerial do Grupo de Cairns, em Punta del Este, no Uruguai, está reaberta a troca de informações técnicas para a certificação sanitária que vai permitir a exportação de carne in natura brasileira para os Estados Unidos. Ele espera que as autoridades americanas concluam o processo em seis meses.

Na segunda-feira à noite, Pratini reuniu-se com a secretária da Agricultura dos EUA, Ann Veneman, que também participa do encontro, e obteve a confirmação de que os técnicos do Animal, Plant and Health Inspection Service (Aphis) estão autorizados a receber as informações da Secretaria de Defesa Agropecuária sobre o rebanho brasileiro. O objetivo é comprovar que 80% do rebanho nacional está livre da febre aftosa com vacinação.

A maioria do rebanho exportador brasileiro está em estados considerados livres de aftosa com vacinação – Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e a região Sul. O cronograma do governo prevê a erradicação da aftosa em todo o País em 2005.

Em 2000, o Brasil exportou só 9,5% da carne que produziu. Neste ano a estimativa é vender 12% ao exterior. Segundo Pratini, o maior potencial do comércio de carne in natura para os Estados Unidos está nos segmentos de carne magra para hambúrgueres e churrasco. O Brasil exporta US$ 100 milhões em carne industrializada por ano para os EUA. As negociações entre Brasil e Estados Unidos foram interrompidas há cerca de um ano, quando foram detectados focos de aftosa em Jóia (RS).

A União Européia é hoje o principal destino das exportações de carne do Brasil. Mesmo assim, apenas 5 mil toneladas por ano podem ser vendidas com tarifas baixas. Acima dessa quota, a carne brasileira pode sofrer acréscimos de até 300% para entrar no mercado europeu.

Fonte: Valor Online (por Arnaldo Galvão), adaptado por Equipe BeefPoint

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