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“Brasil não está de braços cruzados na questão ambiental”, diz CNA

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou hoje que o “Brasil não está de braços cruzados na questão ambiental em relação às exigências” dos países importadores.

Ele disse que os produtores brasileiros conseguem cumprir os requisitos internacionais e que não vê problemas quanto ao eventual bloqueio de importações por causa da agenda de sustentabilidade. De acordo com Martins, a CNA está desenvolvendo, em parceria com o Ministério da Agricultura, um programa de rastreabilidade para a carne bovina.

“Já vai determinar que a carne é produzida onde tem sustentabilidade ambiental. O mundo todo está cobrando de todos. Temos que definir a regra do jogo. O governo tem que definir quais são as obrigações ambientais que serão cobradas dos produtores rurais. Já temos lei ambiental rigorosa e temos tudo para cumprir as exigências internacionais.

Não vejo nenhum problema nessa área”, respondeu durante coletiva da CNA. “Não serão só os EUA. O mundo inteiro está exigindo saber de onde vem, como é produzido e quais são as características de segurança do produto colocado na prateleira. Vamos ver isso internamente também, a exigência do próprio brasileiro”, afirmou.

“A questão do meio ambiente no comércio internacional veio para ficar e o Brasil tem tudo para entrar nessa competição com diferencial muito positivo”, afirmou a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra. Segundo ela, a cobrança por padrões ambientais “não é coisa apenas de europeu” e diversos países, inclusive a China, principal parceiro comercial do agronegócio brasileiro, estão investindo nessa área.

“O Brasil tem tudo para entrar nessa competição com diferencial muito positivo, a agropecuária tem diferenciais de sustentabilidade que outros países não têm, temos que explorar”, afirmou. Ao comentar a Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP), acordo de livre comércio na Ásia e Pacífico, Dutra afirmou que o Brasil precisa “ficar de olho” e buscar acordos com países asiáticos.

“Tem que ser prioridade para o governo”, afirmou. Segundo ela, o comércio mundial deve ter uma retomada de 7% em 2021 nas perspectivas da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Fonte: Valor Econômico.

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