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Brasil multiplica genética do gado akaushi

Um audacioso projeto promete sacudir o mercado brasileiro de produção de carne premium, atualmente em forte expansão. Trata-se de um programa de multiplicação da genética do gado akaushi, de origem japonesa, cuja carne é considerada de altíssima qualidade, pelo alto grau de marmoreio (gordura entremeada) e características únicas de sabor e suculência. “Além disso, a raça taurina é capaz de produzir uma carne bastante saudável, com elevado índice de ácido oleico, o Ômega 9, bem superior ao Ômega 3 do salmão”, compara o empresário Júlio Resende, fundador do projeto e presidente da Origine, empresa de Brasília (DF).

No início de junho, o Brasil recebeu, pela primeira vez na história, oito bovinos vivos da raça pura akaushi (seis touros e duas vacas), que foram importados dos Estados Unidos, pelo grupo Origine, e estão alojados em uma fazenda de Itatinga, interior de São Paulo, pertencente à Seleon Biotecnologia, prestadora de serviços em coleta e processamento de sêmen e produção in vitro de embriões, que é a principal parceira do projeto de multiplicação da raça japonesa no Brasil.

O projeto akaushi teve início há quatro anos, quando a Origine começou a importar doses de sêmen dessa raça da empresa norte-americana Heartbrand Beef, do Texas, detentora do direito de uso da genética Akaushi fora do Japão.

Atualmente, o projeto da Origine já conta com 100 fazendas parceiras no Brasil, o que  resultou na produção de 23.000 animais meio-sangue akaushi. Os primeiros lotes de animais terminados (cerca de 5.000 cabeças já abatidas) estão sendo comprados pela Origine e abatidos em frigoríficos terceirizados. Em 2018, a empresa pretende inaugurar a primeira indústria própria de abate e industrialização da carne akaushi, que será instalada em Estreito, no Maranhão. Nessa fase, a produção dos cortes especiais levará a marca própria Origine e será quase toda direcionada ao mercado externo.

Fonte: Globo Rural, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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