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Brasil investe em produção sustentável de alimentos

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), lança hoje, às 15h30 (horário de Brasília), mundialmente o Projeto Biomas na Conferência das Partes sobre o Clima (COP-16), da Organização das Nações Unidas (ONU). Trata-se de iniciativa inédita no Brasil, um país de 851 milhões de hectares, que alcançou liderança mundial na produção de alimentos conservando 56% da sua cobertura vegetal original.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), lança hoje, às 15h30 (horário de Brasília), mundialmente o Projeto Biomas na Conferência das Partes sobre o Clima (COP-16), da Organização das Nações Unidas (ONU). Trata-se de iniciativa inédita no Brasil, um país de 851 milhões de hectares, que alcançou liderança mundial na produção de alimentos conservando 56% da sua cobertura vegetal original.

Ao longo de nove anos serão promovidos pesquisa e compartilhamento de informações nos seis biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa), tendo como maior objetivo conciliar a produção rural e a preservação ambiental. Dessa maneira, o país, as classes rural e científica assumem posição de protagonismo diante do maior desafio da atualidade: fazer frente à demanda crescente de alimentos com o compromisso da sustentabilidade e da preservação. Em 2050, a população global será de 9 bilhões, o que demandará um aumento de 70% na produção de comida.

Na década atual, o agribusiness brasileiro assumiu a liderança da produção de commodities agropecuárias. Em 2009, o agronegócio representou 23,4% do PIB, 42,5% das exportações nacionais e gerou aproximadamente 37% dos empregos do País. Nos próximos anos, o Brasil deverá superar o desafio de aumentar sua produção de alimentos com baixo custo e alta qualidade, preservando seu enorme patrimônio ambiental. “Vamos mostrar ao mundo que o Brasil não é apenas um grande produtor de alimentos, mas que suas práticas agrícolas são baseadas em sólidas técnicas científicas e ambientalmente sustentáveis,” assegura a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.

O Projeto Biomas, que contará com orçamento de R$ 40 milhões, terá a utilização da árvore na atividade rural como eixo dos projetos de pesquisa. As florestas devem servir como alternativa para diversificação dos sistemas produtivos na propriedade rural e na composição das APPs e seus entornos, representados pela reserva legal (RL) e área de uso alternativo (AUA). No momento estão sendo demarcadas e estudadas várias unidades demonstrativas do Projeto Biomas, que serão showrooms de técnicas de produção sustentável. Assim, o produtor rural brasileiro poderá escolher o melhor para a sua propriedade a partir de exemplos reais, já colocados em prática.

Por ter abrangência nacional, o Projeto Biomas exigirá intensa articulação de parcerias. Apenas na área de investigação serão necessários algo como 200 pesquisadores em todo o Brasil. Entre os potenciais multiplicadores estão as cooperativas, empresas estaduais e municipais de assistência técnica rural, de meio ambiente e de pesquisa agrícola. Em termos de propriedades, estima-se de 3 mil a 7,5 mil para a instalação dos módulos, num total de 6 mil a 15 mil hectares. Cada módulo terá área entre dois e cinco hectares de plantios simples ou consorciados de espécies florestais. Tendo em vista a viabilização econômica, serão utilizadas tanto espécies de rápido crescimento (nativas e exóticas), que propiciem retorno econômico no curto prazo, quanto outras de crescimento mais lento, mas de madeira de grande valor de mercado.

As informações são do CNA/SENAR, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. Antonio Silvio Abeid Moura ( Silvio Moura ) disse:

    Bom, a senadora Katia Abreu está se adiantando e tomando a dianteira de um problema que, desde o início, cai no colo dos produtores através dos ataques de grupos interessados em derrubar os mesmos.
    É necessário detalhar mais o que se propõe, mas parece bom. Melhor do que não se fazer nada.

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