Argentina: maior participação estrangeira nas exportações de carne
9 de junho de 2011
SUPLEMENTO MINERAL: Adiciona e Multiplica
9 de junho de 2011

Brasil espera reverter embargo russo ainda neste mês

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária, Francisco Jardim, afirmou ontem que o Brasil espera reverter o embargo russo ainda neste mês. O veto seria em função de não conformidades relativas à questão sanitária. Jardim, que participou do primeiro dia de debates do Congresso Internacional da Carne, que está sendo realizado em Campo Grande (MS), disse que o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, enviou uma carta ao primeiro-ministro russo, Vladimir Puttin, reforçando que o Brasil cumpre as regras definidas pela Rússia e que o ministério aguarda retorno de agenda para reuniões em Moscou para a próxima quinzena do mês. "Com a entrega do nosso relatório, esperamos a suspensão do embargo imediatamente".

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária, Francisco Jardim, afirmou ontem que o Brasil espera reverter o embargo russo ainda neste mês. O veto seria em função de não conformidades relativas à questão sanitária. Jardim, que participou do primeiro dia de debates do Congresso Internacional da Carne, que está sendo realizado em Campo Grande (MS), disse que o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, enviou uma carta ao primeiro-ministro russo, Vladimir Puttin, reforçando que o Brasil cumpre as regras definidas pela Rússia e que o ministério aguarda retorno de agenda para reuniões em Moscou para a próxima quinzena do mês. “Com a entrega do nosso relatório, esperamos a suspensão do embargo imediatamente”.

O secretário de Defesa Agropecuária disse ainda que apesar do anúncio de veto às importações brasileiras de carnes bovinas, suínas e de aves não houve confirmação do embargo a partir do dia 15. Segundo ele, desde o dia 18 de maio já estava estabelecida para junho uma viagem à Rússia justamente para se discutir possíveis observações do governo russo, porém o anúncio do embargo veio primeiro que o próprio relatório e a viagem da missão brasileira.

Jardim conta que na listagem de exigências do governo russo existem 58 elementos que devem ser atendidos, no entanto alguns itens que, por exemplo, pedem testes para investigação de estrôncio não é necessário pela ausência deste metal tóxico na produção nacional de carnes. O secretário destaca que apesar do risco zero, laboratórios estão fazendo a amostragem para confirmar o argumento brasileiro, mas que a contratação permanente desses laboratórios é algo inviável ao país, em razão dos custos. “O Brasil, que ocupa posição de destaque no mercado internacional, não pode mais permitir que se discutam coisas sem sentido, como parece ser este embargo. Fazemos tudo que o mercado quer. Mesmo sem os russos fazerem parte da Organização Mundial do Comércio (OMC) existem acordos bilaterais que são cumpridos. O Brasil está fazendo a lição de casa”.

O ministro da Agricultura Wagner Rossi, disse que o Brasil deveria estar preparado para atender as exigências russas, embora ressalvando que os critérios solicitados não são os mesmos usualmente exigidos por outros mercados. “Mas não adianta criticar o nosso cliente no exterior, dizer que ele tem regras peculiares. Antes de discutir sobre a “desnecessariedade” dos exames solicitados, temos de fazer a lição de casa. Mesmo que sejam pedidos absurdos, são pedidos do nosso cliente”, afirmou Rossi.

Para garantir que todos os exames solicitados em relação às carnes brasileiras sejam rapidamente realizados, Rossi admitiu que há a necessidade de investir na rede de laboratórios. “Vou levar à presidente Dilma um pedido especial para que tenhamos um processo de atualização e que nossos laboratórios alcancem um patamar novo”, afirmou. O ministro ressaltou que 17% das exportações do agronegócio envolvem o setor de carnes, ao justificar a importância dos investimentos no setor. Em relação ao embargo russo, destacou que o embargo prejudica principalmente a área de suínos, pois entre 40% e 45% das exportações do segmento seguem para a Rússia.

A participação da Rússia na OMC, por exemplo, é um dos motivos que justificariam o embargo às carnes brasileiras, pelo menos na opinião do ex-ministro da Agricultura, Pratini de Moraes. “O veto é uma questão político-diplomática. Por não estar na OMC, a Rússia pode agir de forma menos responsável em relação às regras do mercado e, assim, chamar a atenção para necessidade de ela integrar a Organização, inclusive com aval do Brasil”.

Questionado, o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, explica que o Mapa não pode entrar na discussão sobre questões políticas ou sanitárias. “Temos de nos basear em critérios técnicos e discutir a situação neste nível e reverter a situação o mais breve possível”.

O consultor da Agripoint, Miguel Cavalcanti, não concorda com as justificativas relativas à OMC. “Existem mais coisas envolvidas. É um jogo de interesses. Eu não acredito que o embargo tenha sido motivado apenas em função da OMC, ou uma estratégia para resfriar o mercado e reduzir os preços internacionais do quilo das carnes, principalmente de aves e bovinos”.

As informações são do Diário de Cuiabá e da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress