Protesto de caminhoneiros paralisa produção de 2 fábricas da BRF no Paraná
25 de fevereiro de 2015
Escala de abates reduz, preço se mantém interessante para pecuarista
25 de fevereiro de 2015

Brasil é o quarto maior mercado para produtos saudáveis

O mercado brasileiro de produtos industrializados orgânicos cresce 25% ao ano desde 2009.

A média mundial é de apenas 6%, segundo a consultoria Euromonitor. Se levarmos em conta outros produtos considerados “saudáveis” — ou seja, com menos ou nada de açúcar, sal e gordura, e mais fibras, vitaminas e nutrientes —, a expansão também é impressionante.

Enquanto as vendas de alimentos e bebidas tradicionais cresceram 67% nos últimos cinco anos no país, as de saudáveis aumentaram 98% no mesmo período. É um mercado que movimenta US$ 35 bilhões ao ano no Brasil. Em 2014, a cifra alçou o país de sexto a quarto maior do mundo, superando Reino Unido e Alemanha.

Alguns fatores ajudam a entender o que está por trás dessa tendência. Os brasileiros se mostram bem mais preocupados com a saúde que a média global. Num levantamento recente com 18.000 pessoas de 18 países, 79% dos brasileiros disseram que saúde e nutrição são prioridade em sua vida.

Mesmo que haja uma discrepância entre o que se fala e o que se pratica, é inegável que haja um prato cheio de oportunidades no mercado de produtos saudáveis a ser explorado por empresas, supermercadistas e investidores. Trata-se ainda de um setor fragmentado, formado por empresas de médio e pequeno porte que crescem rapidamente.

Nos Estados Unidos e na Europa, onde esse mercado está bem mais consolidado, as investidas da indústria e de fundos em negócios promissores de alimentos e bebidas saudáveis começaram há pelo menos duas décadas.

O varejo vem abrindo espaço para a expansão de marcas com apelo de saúde. Nas lojas do Walmart, terceiro maior supermercadista do Brasil, esses produtos crescem a uma taxa três vezes maior que a dos demais itens desde 2013. Por isso, a rede ampliou 10% o sortimento dessa categoria de lá para cá.

No maior supermercadista do país, o Pão de Açúcar, o espaço destinado a acomodar orgânicos quadruplicou nos últimos três anos. A diferença de preço chega a variar de 20% a 80% entre uma opção e outra.

Uma marca que ganhou espaço entre as carnes é o frango da Korin, granja com sede em Ipeúna, no interior de São Paulo. A empresa teve receita de R$ 94 milhões em 2014 com a venda, sobretudo, da carne de animais criados sem confinamento e livres de antibióticos.

Não se trata, segundo especialistas, de um modismo — e sim de uma mudança nos hábitos de consumo, mesmo que permeada por uma série de premissas que não se provaram conclusivas. Vale lembrar o caso dos transgênicos, que sofrem forte oposição de parte dos consumidores da onda saudável.

Fonte: Exame, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress