EUA têm nova lei de rotulagem de carne bovina amaciada mecanicamente
19 de maio de 2015
Alta na reposição preocupa e causa cautela nas vendas de boi gordo
19 de maio de 2015

Brasil aguarda liberação da exportação de carne para conquistar mercado chinês

O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, acompanhado de 150 empresários, visitará o Brasil nessa semana e deverá assinar um protocolo sanitário que deve agilizar a liberação das exportações de carne bovina do Brasil para o país asiático. Para retomar as vendas, o Brasil precisa ir além do aval formal e fazer um trabalho de reposicionamento no mercado chinês.

Com isso em vista, o governo e o setor privado brasileiro articulam, para menos de um mês após a visita uma missão para promover as carnes bovina, suína e de frango na China. A viagem é organizada pela Agência Brasileira de Promoção às Exportações e Investimentos (Apex), em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A gerente de Estratégia de Mercado da Apex, Ana Paula Repezza, explicou que o objetivo é criar demanda para a carne brasileira. “Em alguns casos, há uma percepção negativa da carne brasileira, pois saíram notícias informando que ela entrava sem fiscalização, de forma irregular”.

Segundo ela, isso ocorreu porque os chineses tiveram acesso ao produto via Hong Kong, um território administrativo especial. Para ela, a estratégia brasileira na viagem, que ocorrerá entre 9 e 12 de junho, é chegar não apenas aos distribuidores, varejistas, produtores e beneficiadores de carne, mas principalmente aos consumidores.

De acordo com a gerente, com a abertura do mercado chinês, a expectativa é que o valor em vendas alcance pelo menos patamar próximo a US$ 1 bilhão.

Para frangos e suínos, o governo tem a expectativa de elevar em 20% as vendas. O presidente da Abiec, Antônio Camardelli, prefere não fazer previsão de valor das exportações de carne bovina com a liberação. “A gente ainda não sabe a quantidade de plantas [frigoríficos] que serão liberadas, se aquelas nove iniciais ou mais”.

“É um mercado que retorna, que foi embora quando estávamos começando a entendê-lo”, destacou Camardelli. Segundo ele, o Brasil precisa fazer novo esforço para compreender os chineses, acrescentando que o trabalho para reconquistar espaço será intensificado com a liberação formal das vendas de carne. “Vamos avaliar a necessidade de montar um escritório [da Abiec] na China”, disse Camardelli.

Fonte: Agência Brasil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress