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Bom tempo para reforma de pastos

Assim como a época das chuvas é a ideal para iniciar o plantio da safra de verão, agora também é a melhor época para reformar, recuperar ou formar pastagens. Conforme explica o zootecnista e difusor de tecnologia da Embrapa Gado de Corte, Haroldo Queiroz, "agora há maior disponibilidade de água por causa das chuvas, além de temperaturas mais elevadas e maior luminosidade, fatores que estimulam o desenvolvimento e o estabelecimento das gramíneas".

Início da época das chuvas é o melhor período para quem pretende formar ou refazer as invernadas

Assim como a época das chuvas é a ideal para iniciar o plantio da safra de verão, agora também é a melhor época para reformar, recuperar ou formar pastagens. Conforme explica o zootecnista e difusor de tecnologia da Embrapa Gado de Corte, Haroldo Queiroz, “agora há maior disponibilidade de água por causa das chuvas, além de temperaturas mais elevadas e maior luminosidade, fatores que estimulam o desenvolvimento e o estabelecimento das gramíneas”.

Tanto faz o tamanho da área a ser reformada ou cultivada, os procedimentos a serem adotados, diz Queiroz, devem ser os mesmos de uma lavoura, sobretudo a análise de solo para aplicar as doses corretas de calcário e adubo para o bom estabelecimento da pastagem. “Pastagens bem cuidadas, adubadas anualmente e da maneira correta, duram cerca de 15 anos”, diz.

Solos bons

De todo modo, como se trata de um investimento de porte – o pecuarista Carlos Viacava, por exemplo, está reformando 100 hectares de pasto em Presidente Venceslau (SP), ao custo de R$ 600 por hectare -, o diretor-técnico da AgraFNP, José Vicente Ferraz, indica que, antes de decidir pela ampliação ou reforma de pastagens, deve-se considerar se a área disponível tem um solo que responderá à altura do investimento.

“O preço dos fertilizantes dobrou do ano passado para cá”, continua Ferraz. “Por isso o investimento deve ser feito em solos de boa qualidade”, diz. “Não adianta nada gastar um capital importante em solos ruins, que nos anos seguintes exigirão na conservação do pasto praticamente o mesmo que se gastou na formação ou reforma”, diz Ferraz.

O professor da Esalq/USP e pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), Sergio de Zen, acrescenta que, em tempos de insumos caros, uma boa saída para o pecuarista que quer reformar pastos é utilizar ao máximo os recursos disponíveis em sua própria região. “Arrendar, por exemplo, a área a ser reformada para o plantio de alguma lavoura exigente em adubação é uma alternativa”, diz De Zen. “Depois de colhida a lavoura, aproveita-se o adubo residual para cultivar o pasto.”

Animais melhores

Além disso, diz De Zen, o investimento não deve ser só na pastagem, mas também no animal. “Um investimento depende do outro: se o pecuarista investe em pastagem mas não melhora o animal, perde dinheiro.” Além de abrir as portas para a melhoria genética do rebanho, outra vantagem de reformar ou recuperar pastos é a possibilidade de aumentar a lotação de animais por hectare, diz Queiroz, da Embrapa. “Dependendo da espécie da gramínea utilizada na reforma, pode-se aumentar a lotação do pasto de 1 Unidade Animal (UA) por hectare, sendo que uma UA equivale a 450 quilos de peso vivo, para até 3 UA por hectare, garantindo maior ganho ao produtor, na mesma área”, finaliza.

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Fonte: O Estado de São Paulo / Suplemento Agrícola / Seção Nelore

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