Mercado Físico da Vaca – 24/03/10
24 de março de 2010
Mercados Futuros – 25/03/10
26 de março de 2010

Bolsa de Carnes: um novo modelo de comercialização

A Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) está programando para abril o lançamento da Bolsa de Carnes. Este projeto visa reduzir o grau de intranqüilidade dos agentes, propiciando segurança e credibilidade nessas relações. O BeefPoint agendou uma entrevista com diretores da BBM sobre o assunto, para os próximos dias. Envie suas dúvidas e perguntas para que sejam esclarecidas.

A Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) está programando para abril o lançamento da Bolsa de Carnes. Este trabalho não tem a pretensão de corrigir todas as falhas do processo de comercialização de bovinos, mas visa contribuir para a melhora da comercialização. A criação de uma Bolsa de Carnes no Brasil dentro do ambiente da Bolsa Brasileira de Mercadorias visa reduzir o grau de intranqüilidade dos agentes, propiciando segurança e credibilidade nessas relações.

“É um nicho de negócio que não era explorado por ser um mercado físico”, diz o presidente do conselho da BBM, Joaquim da Silva Ferreira. “Daremos mais credibilidade aos negócios com juízo arbitral e o peso da BM&FBovespa, com transparência e segurança”.

As partes parecem apostar no sucesso do sistema. “É interessante, mas para saber se é bom ou ruim, temos que experimentar”, diz o presidente do Fórum Nacional de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira. “Dá para vender realmente antecipado, porque hoje a venda à vista demora 48 horas”. As indústrias também aprovam a iniciativa. “É uma nova forma que atende bem ao setor, mas ainda precisa de alguns ajustes”, afirma o presidente da associação dos frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar. “Mas ajuda a quebrar o gelo nas relações comerciais”.

Confira abaixo o regulamento de comercialização da Bolsa de Carnes:

O BeefPoint agendou uma entrevista com diretores da BBM, para os próximos dias. A ideia é entender um pouco melhor como irá funcionar este novo produto da Bolsa e esclarecer algumas dúvidas que possam surgir.

O que você acha deste nova modalidade de comercialização de boi gordo? Envie suas dúvidas e perguntas através do “box de carta do leitor”, abaixo, para que elas sejam esclarecidas nesta entrevista.

0 Comments

  1. Alexandre Amarante de Campos disse:

    Parabéns aos idealizadores, tal iniciativa irá acabar com as pressões de preços em toda a cadeia, principalmente das industrias sobre os produtores . Se tornou um verdadeiro drama vender boi, as exigências ao produtor sobre seu plantel desmotivam qualquer pecuarista experiente .

    PROFISSIONAL DA CARNE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO LTDA
    Alexandre Campos – Diretor
    diretoria@profissionaldacarne.com.br

  2. Manoel Terra Verdi disse:

    A BBM verá que a comercialização de boi para abate é bem mais complexa que a de produtos vegetais ou minerais. Estes passam por classificações simples e desagios ou agios bem determinados. No caso do boi as variaveis são muitas. O rendimento, ou relação peso vivo/peso morto, depende de muitos detalhes: raça (tipo de carcaça), terminação, inteiro ou capão, etc.. Mas, principalmente, limpesa ou toalete da carcaça e B A L A N Ç A. Eu sugeriria que a BBM, se quiser ter algum sucesso e evitar muita dor de cabeça, exigisse dos frigoríficos que usassem suas intermediações, a instalação de balanças aferidoras operadas por ela ou pelos produtores. Aí sim, poderia prestar relevantes serviços à comercialização de bovinos.

  3. Leonardo Rodrigo Sallum Bacco disse:

    Por experiência própria – e muito ruim – com diversos frigoríficos, em balança do frigorífico eu não vendo. Nem se o preço for R$ 5 a mais por arroba.
    Os frigoríficos sempre dizem que quando compram gado no vivo, quebra no morto, mas o engraçado é que eles nunca deixam de comprar no vivo. Por quê? Nãoi é estranho?

    Alguns deles, arrancam o couro até dos compradores, pessoas de bem que passam o dia atrás de gado para eles. Na hora de acertar a comissão, dizem que não têm como pagar porque o gado quebrou! Dia desses um comprador sugeriu que se colocasse uma balança isenta ao lado da balança do frigorífico e se quebrasse de fato, o frigorífico não precisaria pagar a comissão. O dono do frigorífico riu da cara dele. Por quê será, não?

    No morto, só se eu puder pesar em balança isenta, que não a do frigorífico!

  4. Sandro Bortoloto disse:

    Essa nova modalidade de comercialização, tende a gerar segurança e transparência ao pecuarista, que anda assustado com as mega fusões, e quebras de frigoríficos.
    Quando produtor oferta seu boi através da BBM, ele tem a garantia do recebimento e o travamento do preço do dia independente das oscilações de mercado.
    Ao meu entender as corretoras deverão criar equipes para acompanhar o embarque e o abate dos animais.

  5. Carlos Alberto de Azevedo disse:

    A idéia é muito boa,porque o pagamento é antecipado, o que evita o que muitos frigorificos já fizeram, que foi fazer caixa com o nosso produto e depois pedir concordata.
    Acho que para evitar muitas discussões e dissabores o ideal é usar a compra pelo Kg vivo porque o valor é definido no momento do peso na balança.

  6. Ivan Roberto Carrato Júnior disse:

    Resposta ao Sr. Fabiano Pagliarini Santos.
    Toda a equipe se colocará à disposição para responder aos questionamentos inerentes à BBM – Comercialização de carne.
    O lance mínimo, quem atribui será o produtor e isto será confidencial entre o produtor e o seu corretor. Após atingir o lance mínimo, valerá o maior preço do pregão.
    Toda corretora devidamente credenciada na BM&F, regular na CVM, etc., poderá ser credenciada para operar. O produtor que escolherá a sua corretora.

    Resposta ao Sr. Manoel Terra Verdi.
    A opção de venda por peso vivo foi muito cogitada e poderá ser utilizada sim, mas peso vivo não reflete aproveitamento/qualificação de carcaça. A caracterização do rebanho assim como o preço mínimo, quem faz é o produtor. Se ele enviar animal que não condiz com a oferta, aí sim poderá haver problemas. Quanto a balança, também foi muito debatida porém acreditamos que os frigoríficos que participarem do pregão sejam parceiros, pois será claro o interesse do produtor e do frigorífico. A BBM não intermediará nenhum debate. Será responsável pelo pregão e pelo repasse financeiro.

    Observação: não sou corretor ou proprietário de bolsa, porém faço parte da equipe que desenvolveu o estudo e representante do Sindicato Rural de Três Lagoas – MS e Comissão da Pecuária de Corte – FAMASUL.

    Ponho-me à disposição. Abraços a todos e participem!! É uma grande chance de realização de bons negócios!

  7. NEIMAR SANCHES disse:

    Gostária de fazer uma pergunta aos diretores da BBM. Como faço para me tornar um corretor da bolsa de carnes do Brasil??
    Obrigado

plugins premium WordPress