Chuvas irregulares: Em levantamento realizado pelo Imea nesta última semana de janeiro, alguns pecuaristas de todas as regiões do Estado foram questionados sobre a condição das pastagens e o volume de chuva. Em geral, a grande maioria dos produtores relatou que a precipitação foi irregular e abaixo do esperado.
Os dados da Somar confirmam esses relatos, pois mostram uma precipitação acumulada 10% menor em relação ao mesmo período do ano anterior. No que se refere a maiores volumes pluviométricos (>20 mm), houve uma redução de 17% em comparação a jan./14.
Já no quesito condição da pastagem os comentários foram mais diversificados, devido aos diferentes tipos de solo que abrangem o Estado, algumas forragens ainda estão se mantendo firmes apesar do menor nível de chuva. Sendo assim, cabe a cada produtor ficar atento ao desenvolvimento da pastagem, para que possa planejar o manejo e garantir o desempenho dos animais.
• Os preços da arroba apresentaram valorizações um pouco mais acentuadas, com 0,34% no boi gordo e 0,19% na vaca gorda.
• O preço do bezerro de ano mais uma vez teve valorização. Desta vez, de 2,21%, fechando em R$ 1.207,74.
• A escala de abate teve aumento de 0,14 dia, mas permanece curta, com 5,27 dias.
• O mercado futuro apresentou pequenas flutuações, com aumento de 0,04% para fev/14 e queda de 0,11% para mai/15.
ARROBA FORTE: Considerando os principais exportadores de carne bovina (Argentina, Austrália, Brasil, EUA e Uruguai) é possível analisar em qual patamar se encontram os preços da arroba brasileira e mato-grossense no contexto internacional.
De acordo com os dados do Cepea, a arroba do boi gordo chegou a US$ 54,24 no mês de dez/14, registrando valorização de 12,7% em relação ao mesmo período do último ano e sendo o segundo maior patamar dentre os outros países. O maior preço e a maior valorização foram dos EUA, com US$ 95,60/@ e aumentando 23,1% no mesmo período.
Já em Mato Grosso, o preço da arroba em dólar fechou dez/14 em US$ 49,12, ficando apenas 28 centavos de dólar abaixo do terceiro colocado, a Austrália. A arroba do Estado apresentou valorização de 21,3%, pautada principalmente na forte demanda e na retirada de embargos à carne brasileira. Apesar dos altos níveis de preços no mercado doméstico, a valorização do dólar conferiu maior competitividade à carne bovina de Mato Grosso, o que explica, em parte, o sucesso das exportações de 2014.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).