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Boi Pirata: falta de planejamento foi o principal erro

O Governo Federal jamais poderia imaginar que a decisão em apreender cerca de 3.500 bovinos de corte, ação determinada pelo ministro Carlos Minc, (Meio Ambiente) e articulada junto com o Ibama, acarretaria tamanha dor de cabeça e, principalmente, prejuízos.

O Governo Federal jamais poderia imaginar que a decisão em apreender cerca de 3.500 bovinos de corte, ação determinada pelo ministro Carlos Minc, (Meio Ambiente) e articulada junto com o Ibama, acarretaria tamanha dor de cabeça e, principalmente, prejuízos.

Conforme comenta o superintendente da Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), Luciano Vacari, todo esse imbróglio está se tornando uma bola de neve exatamente porque, desde o início da ação governamental, faltou planejamento prévio e também o próprio nome vinculando a operação (‘Boi Pirata’) de confisco de rebanho foi uma denominação infeliz.

Ele considera que se havia gado ou se ainda existem bovinos sendo criados em reserva de preservação ambiental o governo precisa agir sim, mas para isso, primeiro tem que ter um plano de ação bem traçado com começo, meio e fim. O planejamento é que faltou desde o início desta operação. “Foi apreender primeiro para depois o Governo Federal pensar o que fazer com os animais. Talvez tenha pensado que seria fácil desfazer destes lotes, um episódio que na verdade, já virou um ‘verdadeiro mico'”, interpreta Vacari.

Segundo o superintendente da Acrimat, os principais empecilhos que ainda estão emperrando que a intenção do governo tenha um desfecho positivo são a oferta dos lotes sem padronização e o total sentimento, por parte dos pecuaristas, de uma ‘insegurança jurídica’.

Na tentativa de atrair compradores aconteceu do governo abaixar o preço do gado de R$ 3,9 milhões para R$ 1,4 milhão, mas a Justiça mandou manter os lotes em R$ 3,1 milhões.

“Foi desta indecisão toda, em estabelecer ou não o deságio de até 60% em relação ao preço do mercado, que acabou gerando mais ainda insegurança para o pecuarista, que receia comprar o gado e depois não receber”, diz Vacari.

As informações são da Famato.

0 Comments

  1. JULIANO MONTEIRO disse:

    Esse tipo de atitude é até boa para repreender pecuaristas que trabalham na ilegalidade, mais o mal planejamento e o não conhecimento de técnicas de compra e venda de gado, deixa de fato pecuaristas de orelha em pé.

    Poderiam sim, lotear esse rebanho em lotes mais homogeneos possiveis e leiloar, garanto que arrecadaria o mais próximo do valor de mercado, isso já com os custos de leilão.

  2. Antonio Claudio G. Lellis Vieira disse:

    E porque esse tipo de notícia não sai na grande imprensa e nem no Jornal Nacional. Os bois estão perdendo peso ou o ministro está pagando por aluguel de pasto?

  3. ANTÔNIO CARLOS PIERONI disse:

    Isto tudo é a prova que produzir no Brasil, não é para qualquer um, que é muito trabalhoso e difícil, não basta num dado momento aumentar o preço dos produtos que o produtor não tem este poder, e até mesmo fazer como bancos, aumentar o preço das tarifas, que tem aval total do governo federal, já que com o aumento dos lucros dos bancos, aumenta a arrecadação. O setor produtivo agropecuário do centro-oeste e norte do país está sendo tratado como bandido.

  4. Janete Zerwes disse:

    É lamentável para nós brasileiros, assistirmos um Ministro de Estado abordar assuntos de alta relevância em tom de comédia, no caso, a gestão ambiental e a produção de alimentos na Amazônia Legal.

    Assistir o assunto “Preservação Ambiental” se transformar em “farra do boi” (costume proibido); assistir o Estado no papel de mocinho, sair à caça de “bois piratas” (termo usado pelo Ministro do Meio Ambiente), colocando na mira das armas da polícia, não só bois, mas famílias inteiras de agricultores.

    Muito antes de punir os desmatamentos, deveriam ser punidos aqueles que se apropriaram e continuam se apropriando dos recursos públicos; aqueles que deixam a sociedade à mercê da desorganização estrutural do Estado (se assim não fosse, hoje não estaríamos com tantos problemas fundiários e ambientais); aqueles que pretendem responsabilizar produtores pelas mazelas causadas pela má fé e incompetência dos que foram eleitos para planejar, organizar e ordenar o desenvolvimento do País.

    Será possível que um Ministro de Estado, desconheça a soma dos fatores determinantes da ocupação antrópica da região amazônica?

    A encabeçar a lista desses fatores esteve e está:

    A enorme concentração populacional nas grandes cidades, os problemas ambientais e humanos resultantes dessa concentração;

    Políticas públicas dos anos 60 e 70 de estímulo à ocupação estratégica das regiões Centro Oeste e Norte do Brasil;

    Incentivos econômicos internacionais para produção de alimentos em países em desenvolvimento;

    Necessidade de assentar colonos oriundos do sul e sudeste do Brasil, que em suas regiões de origem já não encontravam espaços suficientes para continuar produzindo (na sucessão de gerações as parcelas de terra para os descentes de colonos, especialmente do sul do país, não viabilizavam mais o sustento de uma família).

    Não se deve confundir criminosos, sonegadores de impostos, ONGs internacionais que contrabandeiam as riquezas da floresta, que se aproveitam da ineficiência fiscalizadora do Estado, com agricultores cuja única vocação é produzir alimentos.

    Parece existir um esforço em formar uma cortina de fumaça, sobre essas espécies de bandidos e colocar o agricultor como único vilão da história.

    É lastimável assistir ao vivo na TV, um Ministro de Estado, afirmar que desconhece o estado de Mato Grosso, e, em seguida, apoiado nesse desconhecimento, declarar que irá a caça dos “bois piratas” que estiverem ocupando ilegalmente áreas situadas na Amazônia Legal.

    Tomara todos os problemas relativos à Amazônia estivessem concentrados nesses bois!

    A Amazônia Legal precisa ser repensada sob o ponto de vista vocacional das populações que ocupam essas regiões, do valor econômico das competências para produzir e cultivar a terra. Pensar quanto custaria para o Estado formar essas competências e manter o homem no campo.

    Só quem desconhece as dificuldades sofridas pelo agricultor pioneiro, que vão desde a ausência de infra-estrutura logística, até a falta de escolas e assistência à saúde, pode avaliar seu sacrifício. É a vocação que induz homens e mulheres a enfrentar inúmeras dificuldades e permanecer cultivando a terra.

    O assunto “Bois Piratas”, preservação ambiental, ocupação antrópica da Amazônia, não cabe em um simples comentário, merece ser tratado com muita seriedade, abrange desde a ameaça de inflação desencadeada pela falta de alimentos, os milhões de pessoas que morrem de fome no mundo, o desperdício da carne produzida e o respeito à soberania nacional.

    Janete Zerwes
    BPW – Cuiabá – MT
    Coordenação de Agropecuária

  5. emidio souza freitas disse:

    O que esta acontecendo não é falta de planejamento isso todos já sabiam. O sr ministro chegado a um ato pirotecnico gosta de aparecer. O que está acontecendo é roubo de bem particular, se o fazendeiro está errado que multe ele e não o assalte!

  6. wilson tarciso giembinsky disse:

    Vocês já notaram que o sujeito para desempenhar qualquer função tem que comprovar conhecimento, experiência, capacitação, mais outras coisas, e fazer concurso.

    Mas para ser ministro, presidente de estatal, secretário não precisa comprovar nada! Basta ser conhecido do amigo do compadre de quem indica?

    Ele tem QI “companheiros”, como a maioria. É assim que se governa (governa!?) um Brasil com tanta “fartura”.

  7. Estêvão Domingos de Oliveira disse:

    Nossos governantes alguma vez elaboraram um planejamento sério nesse país objetivando alguma melhoria para os brasileiros? São muito bons ao planejar as maracutaias dentro do congresso.

    Aí está o resultado de mais uma ação tipicamente eleitoreira e inconsequente.

    Parabéns aos produtores que não aceitaram comprar esses animais.

  8. Antonio Roberto R. Mira Junior disse:

    Isso relata como temos pessoas que não entendem de nada nesse governo. O Ministro achou que é facil cuidar de boi? Não estão dando nem conta de cuidar dos sem vergonhas no planalto imagina de boi na Amazônia.

    A Televisão também devia colocar isso no ar, para ver o prejuizo que isso leva, para todos. É uma vergonha para o Brasil, uma atrapalhada dessa.

    Deixem od fazendeiros trabalharem, pois a agricultura e a pecuária são peças chaves para a economia mundial.

  9. joao carlos brazil disse:

    Porque o governo não confisca dinheiro pirata, bens piratas. Nenhum entre todos os envolvidos em processos de sonegação, com dinheiro na cueca, na mala, no cofre, dinheiro não contabilizado, dinheiro não declarado. Para estes confiscos não precisaria o governo de realizar leilões.

  10. renato lima junqueira disse:

    Olha, pirata são essas ongs que ai estão financiadas por dinheiro europeu e americano, protegidas por parlamentares subsidiados por esses recursos, isso que é pirata.

  11. Fernando Luis Paes Fonseca disse:

    Isso que está acontecendo é falta de governo mesmo pois essa medida é uma abuso de autoridade desse ministro incompetente , tomara que os pecuaristas se unam e não comprem esse gado por preço nenhum para demonstrar para esse governo que os pecuarista tem força, são unidos e para provar que medidas arbritrarias como nunca deveria ter sido tomada, parabens senhores pecuarista dessa região não sejam coniventes com ministro e não comprem esse gado por preço nenhum.

  12. Iria Maria Davanse Pieroni disse:

    O comportamento do Estado transfigurado nos atos do Ministro Minc pode vir a influenciar uma nova geração de pecuarista e agricultores, deixando a honestidade para trás e aderindo aos exemplos dos “nobres políticos”, bem como passar agir em total afronta as às garantias constitucionais.

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