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Boi gordo: migração para carnes suína e de frango segura alta nos preços

O mercado físico de boi gordo teve preços estáveis nesta quinta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, mesmo com uma maior fluidez dos negócios os frigoríficos não conseguem exercer pressão sobre o mercado, consequência de um ambiente ainda pautado pela restrição de oferta.

“O grande limitador para movimentos mais agressivos de alta nos preços do boi gordo segue nas incertezas envolvendo a demanda, com os preços da carne bovina em um patamar bastante proibitivo para o consumidor médio. Esse quadro leva os frigoríficos a encontrarem dificuldade em repassar os custos da matéria-prima ao longo da cadeia produtiva”, assinala Iglesias.

Os números de exportação da primeira semana de fevereiro também deixaram o mercado em alerta, uma vez que a receita das exportações ainda oferece uma margem satisfatória aos frigoríficos habilitados a embarcar, principalmente para a China.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 304 – R$ 305. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 294, estável. Em Cuiabá, o preço ficou em R$ 295. Em Uberaba, Minas Gerais, a arroba do boi gordo foi negociada por R$ 302 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Mas, conforme Iglesias, o fato é que mesmo na primeira quinzena do mês não há apelo ao consumo que justifique movimentos mais pujantes de alta. “O recente comportamento das proteínas concorrentes oferece a confirmação do processo de transferência da demanda, com a carne bovina perdendo espaço para a carne de frango e carne suína. Ressaltando: o consumidor médio não tem mais condições para absorver novos reajustes da carne bovina”, disse Iglesias.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,60 o quilo, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 15,60 o quilo.

Fonte: Agência Safras.

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