Mercado Físico da Vaca – 16/11/10
16 de novembro de 2010
Mercados Futuros – 17/11/10
18 de novembro de 2010

Boi gordo: compradores seguem pressionando

Nesta terça-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista voltou a cair, sendo cotado a R$ 115,26/@, com desvalorização de R$ 1,52. O indicador a prazo registrou queda de R$ 0,09, sendo cotado a R$ 117,71/@. O equivalente físico registrou queda de 1,87%, sendo calculado em R$ 109,14/@, mas diferente do movimento observado nos últimos dias, a BM&FBovespa fechou em alta.

Nesta terça-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista voltou a cair, sendo cotado a R$ 115,26/@, com desvalorização de R$ 1,52. O indicador a prazo registrou queda de R$ 0,09, sendo cotado a R$ 117,71/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio

Diferente do movimento observado nos últimos dias, a BM&FBovespa fechou em alta. O primeiro vencimento, novembro/10, fechou a R$ 107,93/@, com alta de R$ 1,84. A única exceção foram os contratos que vencem em dezembro/10, que registraram variação negativa de R$ 0,64, fechando a R$ 102,16/@.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 16/11/10

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para novembro/10

Gustavo Figueiredo, comentou no Twitter: “A certeza que temos é que havia uma oferta pontual em alguns Estados, a espera de sempre conseguir preços melhores. Neste momento há correção do mercado futuro, devido a queda exagerada nos últimos dias por conta de STOP, mas não que reflita a realidade”.

O leitor do BeefPoint, Silvio de Melo e Souza, informou que em Barra do Garças/MT compradores ofertavam R$ 105,00 à pela arroba do boi gordo na última quarta-feira e conseguiram comprar um bom volume de animais para serem abatidos nesta semana (16 a 19/11). “Em seguida suspenderam as compras, aguardando uma oferta a preços menores, o que não está ocorrendo”, comenta Souza.

Diante dos reajustes de preço e da forte pressão exercida pelos frigoríficos nos últimos dias, muitos pecuaristas se sentem desconfortáveis em negociar no momento e esperam maior definição do mercado.

Taulni Francisco Santos da Rosa, de Bagé/RS, lembrou que no “RS ainda não é a mesma, estamos falando aqui de bois em torno de R$90/@, o gado rastreado pode beirar o R$100/@, mas ainda não tem previsão de maiores altas. As escalas estão diminuindo, a reposição continua escassa e o que tem é muito caro”.

O leitor do BeefPoint, José Luiz Martins Costa Kessler, também comentou que a diferença entre o preço da arroba no RS e em SP está muito grande. Ele ressalta que apesar da oferta ser baixa ainda não ocorreram reajustes como nas outras regiões do Brasil. “Teríamos chances de segurar boi no campo e otimizar ganhos não fosse tão intenso e precoce os efeitos de La Nina”, completa Kessler.

Seria interessante trazer boi do Sul do país para abater em SP e no Centro-Oeste?

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 9,20 (-R$ 0,10), o dianteiro a R$ 5,40 (-R$ 0,20) e a ponta de agulha a R$ 5,80 (-R$ 0,10). Assim o equivalente físico registrou queda de 1,87%, sendo calculado em R$ 109,14/@. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente voltou a subir, ficando em R$ 6,12/@.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 726,02/cabeça, com valorização de R$ 8,90. A relação de troca recuou para 1:2,62.

Estêvão Domingos de Oliveira, leitor do BeefPoint de Caçu/GO, comentou que vendeu um lote de 100 bezerras Nelore a R$ 540,00. “Mercado de reposição ainda fraco em função dos pastos estarem ruins”, finaliza.

André Camargo, Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Fábio Maia da Cruz disse:

    Frigoríficos da região iniciaram a semana com R$ 5,00 a menos por @ mas não conseguiram comprar nada e voltaram a subir R$ 2,00 no segundo dia (hoje). Acredito que novamente não conseguirão comprar nada. Alguns frigoríficos ainda não reabriram as compras após o feriado. A indústria aproveita-se da queda do boi futuro na bolsa para pressionar os preços, numa tentativa de “testar” o mercado, apoiados, também, numa escala de 1 ou 2 dias mais longa (quem possuia algum boi gordo ofertou agora, antes da vacina contra a febre aftosa).
    É fato que as pastagens ainda não se recuperaram, não há volume de gado em confinamento e não há crescimento na oferta que justifique uma queda no mercado físico.

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