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Boas práticas: Vacinação deve ser feita em tronco de contenção

O procedimento de vacinação dos animais é, em si, uma prática aversiva, portanto, deve ser realizada de forma racional, de modo que o impacto negativo do manejo não seja tão acentuado para os animais, de acordo com o Manual de Boas Práticas de Vacinação do Grupo Etco.

Recentemente, foi levantada uma questão no Facebook, por Flávia Tonin, alertando sobre a grande quantidade de fotos utilizadas em artigos sobre vacinação de bovinos que mostram a prática da vacinação sendo realizada sem o uso da contenção do animal:

No entanto, segundo o manual, a adoção do manejo racional na vacinação proporciona benefícios econômicos diretos, com diminuição na perda de vacina, de danos aos equipamentos (seringas quebradas e agulhas tortas) e de riscos de acidentes de trabalho, melhorando a rotina de atividades nas fazendas.

Confira as instruções do manual sobre o tema:

Dentro do curral, procure trabalhar com lotes de, no máximo, 20 animais. Evite mantê-los por longo período de tempo nos compartimentos do curral (mangas). Leve os animais ao brete sem correria, gritos ou choques. Não encha o brete a ponto de apertar os animais, nem as mangas, onde eles devem ocupar no máximo metade do espaço disponível.

Conduza um a um os animais ao tronco de contenção, o que pode ser facilitado com a utilização de bandeiras. Antes de conter o animal com a pescoceira, feche a porteira dianteira do tronco de contenção, e só depois contenha-o com a pescoceira. A utilização da pescoceira para parar os animais, além de machucá-los, diminui a vida útil do tronco de contenção. Conter cada animal na pescoceira, de preferência com o animal já parado e sem golpes. O fechamento das porteiras de entrada e saída também deve ser feito sem pancadas.

A equipe de trabalho deve estar bem posicionada: uma pessoa cuida da porteira de entrada e da contenção do posterior do animal (quando necessário) e outra cuida da porteira de saída e da pescoceira. Com o animal contido, um deles realiza a aplicação da vacina. Com isto, há diminuição do risco de acidentes e menor desgaste dos vaqueiros. No caso de mais de um tipo de vacina ou de aplicação simultânea de vermífugos, é conveniente contar com mais uma pessoa, aplicando os produtos em lados opostos do pescoço do animal.

Após a contenção do animal, abra a janela do tronco e proceda à vacinação. Em seguida feche a janela, solte a pescoceira e, só então, abra a porteira dianteira de saída.

O ideal é que o animal saia direto em uma manga ou piquete que tenha água e sombra e, se possível, que encontre ali uma recompensa na forma de alimento (isto pode ser feito a cada lote, ou no caso de lotes muito grandes, a cada 20 ou 30 animais).

Ao final do trabalho, faça o possível para passar os animais novamente pela seringa, brete e tronco de contenção (com todas as porteiras abertas), conduzindo-os imediatamente de volta ao pasto.

A vacinação passo a passo

1. Antes de começar a vacinação, deixe tudo preparado. Leve as vacinas para o curral dentro da caixa térmica, leve também os equipamentos necessários para a vacinação e esterilização das agulhas. Ponha tudo sobre uma mesa em local seguro e protegido do sol (caso a vacinação dure o dia todo, talvez seja preciso mudar o local da caixa no período da tarde). Prepare as seringas e agulhas e ponha água para ferver. Carregue duas seringas e coloque-as dentro da caixa térmica em posição horizontal, até o início da vacinação .

2. Reúna os animais, levando-os ao brete ao passo, sem gritos e sem choques (repetir este procedimento quando faltarem dois animais para entrar no tronco de contenção).

3. Não encha o brete a ponto de apertar os animais, tampouco as mangas (os animais devem ocupar no máximo metade do espaço da manga).

4. Quando estiver tudo pronto, conduza o primeiro animal ao tronco de contenção. Conduza um animal de cada vez e sempre ao passo.

5. Antes de conter o animal com a pescoceira, feche a porteira da frente do tronco de contenção.

6. Feche as porteiras sem pancadas.

7. Contenha o animal com a pescoceira, sem golpes e preferencialmente quando ele estiver parado.

8. Abra a porta (ou janela) imediatamente atrás da pescoceira (use o lado que for mais conveniente e confortável) para aplicar a vacina. Nunca enfie o braço por entre as travessas do tronco de contenção.

9. Aplique a vacina no pescoço. Para aplicação subcutânea, posicione a seringa na posição paralela ao pescoço do animal, puxe o couro, introduza a agulha e aplique a vacina. Para vacina intramuscular, mantenha a seringa na posição perpendicular ao pescoço do animal, introduza a agulha e injete a vacina.

10. Após a aplicação, feche a porta (ou janela), solte a pescoceira e só então abra a porteira de saída.

11. Solte o animal já vacinado e contenha o próximo animal.

12. O ideal é que o animal saia direto em uma manga ou piquete com água e sombra e, se possível, que encontre ali uma recompensa na forma de alimento.

13. Quando a carga da seringa acabar, retire a agulha, coloque-a na vasilha com água. Pegue uma agulha limpa (já seca e fria) e coloque-a na seringa. Abasteça a seringa e coloque-a na caixa térmica em posição horizontal. Pegue a seringa carregada que ficou em descanso na caixa. Feche bem a tampa da caixa térmica. Esteja certo de que há gelo dentro da caixa térmica, garantindo a temperatura correta (de 2 a 8 oC).

14. Preste atenção na água usada para desinfecção das agulhas, mantenha sempre o nível correto, repondo-a quando necessário. Caso a água fique suja, realize sua troca por completo..

15. Ao final de um período de trabalho, ponha as agulhas em água fervente por 15 minutos. Retire as agulhas esterilizadas da vasilha com água fervente, colocando-as sobre papel absorvente limpo e seco. Cubra com outra folha de papel.

16. Ao final do trabalho, faça o possível para passar os animais novamente pela seringa, brete e tronco de contenção.

Clique aqui para ver o manual completo.

Fonte: Grupo Etco.

1 Comment

  1. Peres disse:

    Já combinou com a nelorada braba que tenho??

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