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BNDES volta a suspender recebimento de pedidos de financiamento do Moderfrota

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltou a suspender o recebimento de pedidos de financiamento do Moderfrota, principal linha para aquisição de máquinas e implementos agrícolas do Plano Safra. O motivo é o “nível de comprometimento dos recursos disponíveis”.

A linha havia sido suspensa pela primeira vez no final de outubro. No dia 13, o BNDES anunciou reabertura dos protocolos, já que havia um saldo residual para novas contratações.

Agora, o banco também suspendeu os pedidos do Moderinfra, que financia equipamentos de irrigação e cultivos protegidos.

No início do mês, Tiago Luiz Peroba, chefe do departamento de clientes e RI da área de operações e canais digitais do BNDES, disse ao Valor que o banco ia reforçar a linha BNDES Crédito Rural para suprir a demanda forte pelos investimentos. Os juros variam de acordo com a finalidade, mas não chegam a dois dígitos.

“Existe alternativa ao Moderfrota, e ela está pronta. A questão é ter a esteira de crédito ininterrupta. Podemos canalizar a demanda para um produto nosso, com taxa fixa e altamente competitiva”, disse à época.

Além dessas, as linhas Moderagro, para projetos de modernização do campo, Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), Inovagro — para adoção de novas tecnologias, e ABC, para agricultura de baixa emissão de carbono, encontram-se suspensas. Para alguns itens do Pronaf, que atende a agricultura familiar, foram reabertas as contratações.

Sem suplementação

Procurado pela reportagem, o Ministério da Agricultura informou que não vislumbra a possibilidade de remanejamento de recursos para suplementar linhas de investimentos esgotadas de forma precoce no atual Plano Safra.

“A possibilidade de esgotamento precoce de recursos está sendo avaliada. No entanto, dado que a demanda está crescente em todos os programas de investimento, neste momento, não se vislumbra possibilidade de remanejamentos”, afirmou, em nota enviada à reportagem, o Departamento de Financiamento e Informação do Ministério da Agricultura.

A Pasta ressaltou que o Banco do Brasil também possui recursos para financiamento nas condições do Moderfrota. Recentemente, a instituição anunciou o aporte extra de R$ 1 bilhão nessa linha, com capital próprio, sem subvenção federal.

O ministério vai continuar acompanhando e analisando a questão, mas reforça que há pouco – ou nenhum – espaço para agir.

“Embora o governo federal tenha autorizado, em média, 30% a mais de recursos nos programas de investimentos em relação à safra passada, a demanda observada nos primeiros quatro meses do ano-agrícola superou, em alguns programas, as contratações ocorridas no decorrer de todo o ano safra passado”, destacou a Pasta.

Fonte: Valor Econômico.

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