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BNDES rebate críticas e diz que não existem privilégios

O BNDES apresentou ontem os resultados de uma nova análise da composição de sua carteira de crédito, numa tentativa de desfazer a impressão de que a maior parte dos seus recursos fica com um número reduzido de grupos econômicos poderosos. Segundo o banco, seus dez maiores clientes ficaram com 27,8% do dinheiro destinado a operações contratadas de janeiro de 2008 a junho deste ano e receberam 28,7% dos recursos efetivamente desembolsados nesse período.

O BNDES apresentou ontem os resultados de uma nova análise da composição de sua carteira de crédito, numa tentativa de desfazer a impressão de que a maior parte dos seus recursos fica com um número reduzido de grupos econômicos poderosos. Segundo o banco, seus dez maiores clientes ficaram com 27,8% do dinheiro destinado a operações contratadas de janeiro de 2008 a junho deste ano e receberam 28,7% dos recursos efetivamente desembolsados nesse período.

Estatísticas divulgadas regularmente pelo BNDES indicam que a distribuição dos seus recursos é bem mais concentrada do que sugere a análise apresentada ontem. Segundo o balanço do banco, seus dez maiores clientes representavam em março 47% da carteira da instituição, somadas as operações contratadas recentemente e os empréstimos feitos em anos anteriores que ainda estão sendo pagos.

Grandes empresas, com faturamento anual superior a R$ 300 milhões, receberam 76,5% dos R$ 286 bilhões efetivamente desembolsados pelo banco de 2008 a junho deste ano, conforme os números divulgados ontem.

A instituição não divulga os nomes das empresas que figuram no topo de sua lista de clientes, mas reconhece que o maior de todos é a Petrobras, que recebeu R$ 25 bilhões só no ano passado.

O presidente do banco, Luciano Coutinho, defendeu ontem os empréstimos à estatal como uma medida de caráter excepcional que se tornou necessária por causa da crise financeira global. Segundo ele, um dos objetivos do banco era evitar uma contração ainda maior da oferta de crédito para empresas menores: “Quando a Petrobras veio para o mercado interno, houve uma gritaria enorme de que ela estava tirando o crédito do pequeno”.

O presidente do BNDES disse que o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), lançado durante a crise para financiar a compra de máquinas, caminhões e outros investimentos, tem contribuído para aumentar a liberação de recursos para as empresas de porte menor.

Coutinho comentou a polêmica sobre o aporte de recursos do Tesouro e as críticas em relação ao papel do banco. “Sabemos que em períodos eleitorais as torcidas ficam muito animadas. Faz parte da democracia, a gente está tranquilo”, disse. O banco afirma que os investimentos continuarão em alta nos próximos anos e estima que a taxa de investimento chegará a 22,2% do PIB em 2014. Para este ano, prevê uma taxa de 19%.

A matéria é de Ricardo Balthazar e Janaina Lage, publicada na Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Este Luciano Coutinho é realmente uma comédia!

    Falar mais o quê?

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  2. Louis Pascal de Geer disse:

    Quem está realmente fiscalizando o BNDES e como o banco esta usando a sua participação acionaria nas varias empresas; faz parte das Diretorias ou dos Conselhos de Administração?
    Como se trata do dinheiro publico. muito mais transparencia e um verdadeiro atitude de prestação de contas devia ser visivel no gestão do BNDES; sera que alguem está vendo isto no presente?

  3. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Sinceramente já acho elevadíssimo o percentual de 27,8% dos recursos liberados de janeiro a junho serem destinados apenas aos dez maiores clientes. E ainda mais inacreditável que 47% da posição da carteira de crédito do banco em março estejam na mão de apenas dez clientes. Numa distribuição linear, que não deve ser verdade – agravando ainda mais o problema, cada um desses dez clientes recebeu 4,7% dos recursos que o banco dispoem para crédito. Comparem este numeros com a dispersão de créditos de um banco comercial. Ou mesmo em um banoc de investimento privado.

  4. RODRIGO RODRIGUES MARTINS disse:

    Pelo o memos no setor de Frigoríficos,está bem claro que está benefeciando alguns inclusive para fazer investinentos fora do país, sendo que este não e o objetivo de quando foi criado o banco.Porque os pequenos e medios não consegue creditos?Sempre a porta e batida na cara alguns podendo dar garantias reais e mesmo assim não consegue.Mas está e a política brasileira que benefícia somentes os poderosos, onde o Cade também não funciona, onde está a concorência deterninada pelo Cade no estado de Goiás, onde todos os frigoríficos pequenos e medios foram englidos pelos dois grupos.

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